De um administrador público se esperam atitudes que pautem pela ética, pela coerência, pela transparência, pela honestidade, entre outros pr...
De um administrador público se esperam atitudes que pautem pela ética, pela coerência, pela transparência, pela honestidade, entre outros princípios. Quando esse administrador é, também, um político eleito ou nomeado para o cargo, é razoável que ele paute suas ações com vistas ao seu interesse à próxima eleição, mas jamais podemos aceitar que ele comprometa aqueles princípios para atender a este interesse.
Quando alguém se dispõe a exercer uma função pública, candidatando-se a ela ou sendo para ela nomeado, sob o ponto de vista da ética e da moral, deve possuir qualificação mínima para o desempenho daquela função. Deve conhecer a tarefa ou cercar-se de especialistas que a dominem em profundidade. Toda vez que alguém, interessado exclusivamente na próxima eleição se “mete” a dirigir uma área de governo sem domínio dela, causa enormes prejuízos à sociedade.
Dentre todas as áreas de interesse público a da cultura talvez seja a que mais está sujeita à presença de “palpiteiros”. Chamo assim as pessoas que, simplesmente por simpatizar com determinado aspecto ou determinado segmento cultural, se acham no direito de interferir nas atividades culturais que a sociedade realiza e, em muitos casos, a tantos anos que se tornaram tradicionais.
Percebe-se, também, o aparecimento de pessoas com “idéias brilhantes” desconsiderando e fazendo questão de desconhecer o histórico dos eventos e das pessoas que deles participam há muitos anos. É relativamente comum aparecer alguém com a “idéia salvadora” cuja execução normalmente não depende dela, ou seja, apresentam a idéia para outros executarem. Essa prática deixa o “ideiador” numa situação muito confortável, pois se der certo, a idéia foi dele e, ao contrário, se der errado, a culpa é do executor incompetente.
Toda essa reflexão, aparentemente sem clareza nos seus propósitos, quer, ao mesmo tempo, alertar aos que fazem cultura neste Estado, especialmente a cultura típica regional, assim como prevenir para fatos que se repetem de tempos em tempos. Os operadores da cultura regional, notadamente os tradicionalistas, não podem se deixar levar por pessoas que, no discurso, são muito boas, mas que na prática não conseguem provar ter realizado uma única ação produtiva para o setor.
É claro que devemos todos estar abertos à inovação, a práticas mais eficientes, a idéias criativas, mesmo porque a sociedade precisa disso para crescer, mas é dever dos líderes analisar com o devido cuidado e abortar qualquer iniciativa que vise benefícios exclusivamente pessoais, seja no campo financeiro, seja no campo político.
Outra praga que deve nos preocupar é a que aparece travestida de flor. É aquela figura que jamais freqüentou o meio, nunca se interessou por ele, mas que de repente aparece na foto como se fosse antiga e assídua freqüentadora. As pessoas devem ser analisadas pela conduta e pelo que fez ao longo da sua vida. Crédito deve ser dado a quem o tem. Confiança se dá a quem a merece. O mate se oferece a todos, mas a chave da casa se confia aos que provaram merecê-la.
Manoelito Carlos Savaris
Presidente IGTF
Quando alguém se dispõe a exercer uma função pública, candidatando-se a ela ou sendo para ela nomeado, sob o ponto de vista da ética e da moral, deve possuir qualificação mínima para o desempenho daquela função. Deve conhecer a tarefa ou cercar-se de especialistas que a dominem em profundidade. Toda vez que alguém, interessado exclusivamente na próxima eleição se “mete” a dirigir uma área de governo sem domínio dela, causa enormes prejuízos à sociedade.
Dentre todas as áreas de interesse público a da cultura talvez seja a que mais está sujeita à presença de “palpiteiros”. Chamo assim as pessoas que, simplesmente por simpatizar com determinado aspecto ou determinado segmento cultural, se acham no direito de interferir nas atividades culturais que a sociedade realiza e, em muitos casos, a tantos anos que se tornaram tradicionais.
Percebe-se, também, o aparecimento de pessoas com “idéias brilhantes” desconsiderando e fazendo questão de desconhecer o histórico dos eventos e das pessoas que deles participam há muitos anos. É relativamente comum aparecer alguém com a “idéia salvadora” cuja execução normalmente não depende dela, ou seja, apresentam a idéia para outros executarem. Essa prática deixa o “ideiador” numa situação muito confortável, pois se der certo, a idéia foi dele e, ao contrário, se der errado, a culpa é do executor incompetente.
Toda essa reflexão, aparentemente sem clareza nos seus propósitos, quer, ao mesmo tempo, alertar aos que fazem cultura neste Estado, especialmente a cultura típica regional, assim como prevenir para fatos que se repetem de tempos em tempos. Os operadores da cultura regional, notadamente os tradicionalistas, não podem se deixar levar por pessoas que, no discurso, são muito boas, mas que na prática não conseguem provar ter realizado uma única ação produtiva para o setor.
É claro que devemos todos estar abertos à inovação, a práticas mais eficientes, a idéias criativas, mesmo porque a sociedade precisa disso para crescer, mas é dever dos líderes analisar com o devido cuidado e abortar qualquer iniciativa que vise benefícios exclusivamente pessoais, seja no campo financeiro, seja no campo político.
Outra praga que deve nos preocupar é a que aparece travestida de flor. É aquela figura que jamais freqüentou o meio, nunca se interessou por ele, mas que de repente aparece na foto como se fosse antiga e assídua freqüentadora. As pessoas devem ser analisadas pela conduta e pelo que fez ao longo da sua vida. Crédito deve ser dado a quem o tem. Confiança se dá a quem a merece. O mate se oferece a todos, mas a chave da casa se confia aos que provaram merecê-la.
Manoelito Carlos Savaris
Presidente IGTF
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