Grid

GRID_STYLE
FALSE
TRUE

Classic Header

{fbt_classic_header}

Top Ad

Últimos chasques

latest

Antonio Chimango

Antônio Chimango Paulo Monteiro Jorge Luis Borges e Adolfo Bioy Casares, abrem o Prólogo que escreveram para “Poesía Gauchesca”, a coletân...

Antônio Chimango
Paulo Monteiro

Jorge Luis Borges e Adolfo Bioy Casares, abrem o Prólogo que escreveram para “Poesía Gauchesca”, a coletânea de poetas gauchescos canônicos, por eles organizada, com dois parágrafos luminares sobre o gênero que representa as “tradições mais autênticas da Pampa”. Ei-los:

“Nas literaturas da América, o gênero gauchesco constitui um fenômeno singular. Aqueles que intentaram uma explicação limitaram-se a assinalar o protagonista desta poesia. Estudaram o gaúcho. Questionaram sua vida e seus costumes. Tudo isso útil e necessário, sem dúvida, não esgota o problema. A vida pastoril tem sido típica de muitas regiões da América, desde Montana ao Chile. Essas regiões, contudo, não produziram um gênero análogo ao gauchesco. Que circunstâncias determinaram, nas repúblicas do Prata, a origem dessa poesia?

“É notório que os “gauchescos” – assim os denomina Ricardo Rojas – não foram gaúchos; foram homens da cidade, identificados com os trabalhos rurais ou pelo acidente das guerras, com a vida do gaúcho. Foi necessária, pois, para o surgimento da literatura gauchesca, a conjunção de dois estilos de vida: o urbano e o pastoril. Não menos necessária foi a homogeneidade da população surgida nessas províncias. Os assalariados das cidades – o vendedor de água, o carroceiro, o ambulante, o açougueiro – não diferiam essencialmente do gaúcho. Tampouco haviam notáveis diferenças lingüísticas. O sotaque e o vocabulário do gaúcho eram facilmente entendidos pelo homem urbano. Este encontrava no campo um espetáculo que era bastante curioso para ser lembrado e bastante próximo para ser íntimo. O campo, com suas grandes distâncias, com seus selvagens rebanhos, com seus elementares perigos, com seu sabor homérico, seria na memória uma experiência de liberdade e plenitude.”


Para ler o artigo completo, clique aqui .


Artigo do Prof. Paulo Monteiro
Ex Presidente da Academia Passo-Fundense de Letras

Nenhum comentário