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"El alma del Acordeón"

  Sempre acreditei que quem faz um trabalho sério com comprometimento, com responsabilidade as coisas acontecem (o reconhecimento vem) ...

 
Sempre acreditei que quem faz um trabalho sério com comprometimento, com responsabilidade as coisas acontecem (o reconhecimento vem) mais cedo ou mais tarde.
Por vezes demora a ponto de desacreditarmos mas vem...
E hoje sou testemunha viva de tal reconhecimento, falo do irmão, amigo e genial acordeonista Aluisio Rockembach.
E com grande orgulho que hoje expresso este relato, com propriedade para isto, pois nos conhecemos e somos AMIGOS com o verdadeiro sentido da palavra há aproximadamente uns dezesseis anos.
Quando por indicação de um amigo em comum e também acordeonista Fabio Silveira (in memórian) este rapazinho brotou no ctg Tropeiros do Sul na cidade de Capão do Leão o qual eu freqüentava, para tocar para a invernada artística.
Digo-lhes que de vereda fiquei meio caborteiro quando vi pela primeira vez aqule alemãozinho franzino, crinudo e numa atitude de pré conceito logo me perguntei:
“Um alemão tocando gaita e cabeludo ainda, não vai vingar...”
Porém para a minha surpresa começamos a nos aproximar, entre um mate e outro conversávamos sobre musica, tocava algum tema, cantávamos e ali fomos nos identificando.
Ainda me lembro como se fosse hoje da primeira vez em que assisti a um espetáculo nativista e fomos juntos, foi no Rincão Nativo em Pelotas era lançamento do cd Dos Ancestrais até Aqui do cantor Joca Martins.
Ambiente este o qual viramos freqüentadores assíduos, pois la tocavam e cantavam o estilo de musica que gostávamos e um espaço também para quem estivesse começando dar a popular “canja” e mostrar seu trabalho.
E daí por diante se seguiram assados e bóias algum trago sincero, onde cada vez mais firmávamos nosso gosto e gana pela arte nativa de raiz.
E o Aluisio então começou a participar de festivais tendo como primeiro o 7º Chamamento da Arte Nativa em Santana da Boa Vista e fui percebendo então a sua evolução e sensibilidade.
E daí por diante a cosa deslanchou e vejam só que coisa, á partir de um determinado momento ele estava subindo nos palcos pelo Rio Grande em apresentações, festivais ao lado dos cantores que ouvíamos e admirávamos.
Em meio a estas andanças tive a oportunidade de dividir o palco com ele por algumas vezes e uma delas a qual destaco, foi em pelotas no mágico palco do teatro sete de abril no projeto sete ao entardecer.
Onde foi selecionado para apresentar um espetáculo instrumental e como não podia ser diferente convidou seus amigos para tal apresentação e dentre eles la estava eu com a incumbência de recitar uma carta que seu irmão havia escrito para ele (cosa pesada) momento de grande emoção que levo comigo.
Depois vieram convites para gravações e participações em cd´s, programas de TV, quando então a meu ver surgiu uma de suas grandes oportunidades creio que almejada por tantos, foi o convite para acompanhar o maior expoente da musica nativista, o cantor e compositor Luis Marenco.
Em seguida desencantou o projeto já esperado por tantos que admiram seu trabalho, foi do seu primeiro disco instrumental intitulado Santa Flor.
E às vezes acontecem coisas que por mais que saibemos que irá acontecer, que trabalhamos para isso nos causa surpresa.
Falo do que ocorreu no último sábado dia 14/01/12 já cruzava da meia noite e eu vagava pela internet quando de cruzo vi um comentário da amiga Mariana Ferreira desejando sorte ao Luciano Fagundes.
A curiosidade falou mais alto e então decidi chamala e perguntar de que se tratava, quando então me disse que os guris estavam prestes a subir ao palco da Fiesta Nacional Del Chamamé em Corrientes, para apresentarem o espetáculo Santa Flor acompanhando Aluisio Rockembach.
Com destaque no jornal Diário Época de Corrientes segue abaixo um trecho que retirei do mesmo:
"Comienza el baile, Corrientes invita y otra vez la música se vuelve lazo de integración para que miles de músicos, de Argentina y el MERCOSUR, se abracen hermanados a las melodías chamameceras, prodigio que trae por primera vez a Aluisio Rockembach a la Fiesta Nacional del Chamamé. Con el “cimarrón” (mate) en mano, poco castellano y mucha emoción el artista llegó de Pelotas, Río Grande do Sul, para actuar hoy en la noche inaugural en el anfiteatro Mario Cocomarola.
Con un estilo propio, suave y romántico pero marcadamente apasionado Rockembach es uno de los tantos artistas brasileños inspirados en innumerables acordeonistas correntinos."
E logo me passou o site da radio que estava transmitindo e lhes digo que momento, não tive como conter as lágrimas numa mescla de alegria, orgulho e emoção somados a convicção de que este realmente é seu oficio .
E nesta caminhada a qual eu acompanho, as vezes junto, outras de longe destaco algo de grande valor e importância que ele soube agregar a esta crescente e constante evolução musical que foi seu lado "pessoa” ser humano, amigo, filho, irmão, esposo enfim continua sendo o mesmo “Lilinho” de sempre...Por fim deixo aqui meus desejo que deus siga iluminando teu caminho e de tua família, para que tu sigas por muito tempo nos encantando e emocionando “com este toque sensillo”!


Fonte: Blog Toadas de Noite Linda. Por: Fabrício Vasconcellos

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