O Rio Grande do Sul, situado na região meridional do Brasil, era habitado por indígenas por ocasião da chegada dos Padres Jesuítas, que fo...
O couro também era usado por algumas tribos indígenas para cobrirem as habitações. As peles eram usadas com o pelo para dentro e a parte interna do couro para fora; essa parte que ficava para fora era pintada de vermelho ou, ocre, extraído do barro dos rios ou das plantas. Por volta de 1700 chegaram ao RS soldados e marinheiros europeus engajados em navios ibéricos (portugueses e espanhóis). Eram aventureiros, à procura de riquezas minerais e especiarias e encontraram os rebanhos de gado chimarrão.
Esses
homens usavam botas russilhonas, de couros curtido por processo
especial de curtume "couro da rússia" que deixa o couro meio amarelado.
Eram botas que subiam acima do joelho, até a metade da coxa, para
protegê-los dos arbustos e animais peçonhentos. Alguns usavam dobradas
pouco abaixo do joelho; generalizou-se então o uso dessas botas
apropriadas à vida errante e campeira.
Os índios usavam o chiripá, espécie de saia de couro dos animais e o chapéu pança de burro. O couro era tirado da pança do animal e imediatamente moldado num palanque com o pelo para fora, dando a forma de chapéu de copa alta. Ao ar livre e sob a ação do sereno e do sol, o chapéu endurecia. A bota de garrão ou bota de potro era usada por quase todos os povos primitivos, da antiguidade.
Ao artesanato de uso campeiro, na base do couro cru, dá-se o nome de trabalho em cordas e guasqueiro é o apelido pelo qual é conhecido o homem do campo que se dedica a esse tipo de artesanato.
A COUREADA
Diz-se "courear" ao ato de despegar o couro do animal morto. Para ser utilizado no artesanato, o couro dever ser bem limpo, sem gordura, re-íduos de carne e sangue.
Diz-se "courear" ao ato de despegar o couro do animal morto. Para ser utilizado no artesanato, o couro dever ser bem limpo, sem gordura, re-íduos de carne e sangue.
RASPAGEM DO PELO (DEPILAÇÃO)
É também chamado de "lonqueamento". Lonca é o nome dado ao couro desprovido de todos os pelos. A parte interna do couro recebe o nome de carnal e a parte externa de "flor". Do couro "lonqueado" cortam-se os tentos, que são tiras ou fios de couro. O lonqueamento é efetuado com o couro ainda úmido (verde).
Fonte: Blog do Rogério Bastos
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