Ontem recebemos uma foto muito representativa, infelizmente não datada, da preparação da gauchada de Cazuza Ferreira para um evento que to...
Ontem recebemos uma foto muito
representativa, infelizmente não datada, da preparação da gauchada de
Cazuza Ferreira para um evento que tornou-se brazão desta pequena
localidade no interior de São Francisco de Paula, ou seja, as
Cavalhadas. Já assisti umas duas ou três vezes esta significativa
representação mas nunca entendi muito bem a seqüência e os porquês de
cada ato. Cosultei o compadre Google e repasso aos leitores do blog um
pouco da história desta peça teatral, de acavalo e ao ar livre.
Não tivemos por aqui as guerras
entre cristãos e mouros (os muçulmanos) que agitaram a Europa e a Terra
Santa, mas os torneios medievais inspirados nesses conflitos foram
muito populares até o início do século passado no Rio Grande do Sul e
voltaram a ressurgir no último quarto desse século, com um
reflorescimento das velhas tradições em muitas cidades do interior.
Santo Antônio da Patrulha, Gravataí, São Francisco de Paula, Caçapava do Sul, Alegrete, Vacaria, entre outros municípios, estão entre as cidades onde a tradição das Cavalhadas chegou aos dias atuais.
— A Cavalhada é uma luta simulada, na qual os participantes principais, em número de 24, representam, através de evoluções eqüestres e movimentos de espada, lança e garrucha, uma batalha de fundo religioso entre mouros e cristãos, e que acaba sendo vencida por estes, após a tomada do "castelo" na praça e a "submissão" dos mouros ao cristianismo, através do "batismo" destes, na Igreja — explica o Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (IGTF) em publicação sobre as Tradições Gaúchas.
As Cavalhadas, segundo mostram pesquisas históricas, surgiram no reinado de Carlos Magno, na França, que se destacou pelo combate ao Islã, no final do século VIII. O objetivo era destacar as vitórias do cristianismo sobre o islamismo, o que levou o esporte a se tornar muito popular também em Portugal e Espanha, que sofreram bastante com uma prolongada dominação dos muçulmanos, os mouros, como eram conhecidos na Península Ibérica. Por conseqüência, as Cavalhadas terminaram chegando ao Brasil, ainda nos primeiros tempos da colonização portuguesa, alastrando-se por todo o território nacional e, no caso do Rio Grande do Sul, nos principais núcleos portugueses do Estado.
As Cavalhadas consistem em dois grupos, de cristãos e mouros, com 12 cavaleiros cada um, número esse que remete aos 12 Pares de França. Os diálogos das Cavalhadas, entre os embaixadores dos dois lados, também têm inspiração histórica, baseando-se em grandes romances da cavalaria como "Cid Campeador", "La Canción de Rolando" e "Mata-Mouros".
A popularidade das Cavalhadas no Rio Grande do Sul foi impulsionada pela tradição do estado ligada ao cavalo, em decorrência das características da formação histórica do homem gaúcho e do próprio Estado, fortemente marcadas pelas lutas de fronteira e revoluções.
Os estudos mostram que, encerrada a Revolução de 1923, as Cavalhadas se tornaram manifestações isoladas, mas que voltaram a se fazer presentes nos últimos 25 anos do século passado.
Novamente, mouros e cristãos se defrontam em homenagem ao santo padroeiro de uma vila interiorana; ali, integrando as comemorações cívicas, turísticas e festivas (por exemplo) do centenário daquela cidade, o estandarte da lua crescente dos súditos de Maomé desafia os defensores do Evangelho de Cristo.
Santo Antônio da Patrulha, Gravataí, São Francisco de Paula, Caçapava do Sul, Alegrete, Vacaria, entre outros municípios, estão entre as cidades onde a tradição das Cavalhadas chegou aos dias atuais.
— A Cavalhada é uma luta simulada, na qual os participantes principais, em número de 24, representam, através de evoluções eqüestres e movimentos de espada, lança e garrucha, uma batalha de fundo religioso entre mouros e cristãos, e que acaba sendo vencida por estes, após a tomada do "castelo" na praça e a "submissão" dos mouros ao cristianismo, através do "batismo" destes, na Igreja — explica o Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (IGTF) em publicação sobre as Tradições Gaúchas.
As Cavalhadas, segundo mostram pesquisas históricas, surgiram no reinado de Carlos Magno, na França, que se destacou pelo combate ao Islã, no final do século VIII. O objetivo era destacar as vitórias do cristianismo sobre o islamismo, o que levou o esporte a se tornar muito popular também em Portugal e Espanha, que sofreram bastante com uma prolongada dominação dos muçulmanos, os mouros, como eram conhecidos na Península Ibérica. Por conseqüência, as Cavalhadas terminaram chegando ao Brasil, ainda nos primeiros tempos da colonização portuguesa, alastrando-se por todo o território nacional e, no caso do Rio Grande do Sul, nos principais núcleos portugueses do Estado.
As Cavalhadas consistem em dois grupos, de cristãos e mouros, com 12 cavaleiros cada um, número esse que remete aos 12 Pares de França. Os diálogos das Cavalhadas, entre os embaixadores dos dois lados, também têm inspiração histórica, baseando-se em grandes romances da cavalaria como "Cid Campeador", "La Canción de Rolando" e "Mata-Mouros".
A popularidade das Cavalhadas no Rio Grande do Sul foi impulsionada pela tradição do estado ligada ao cavalo, em decorrência das características da formação histórica do homem gaúcho e do próprio Estado, fortemente marcadas pelas lutas de fronteira e revoluções.
Os estudos mostram que, encerrada a Revolução de 1923, as Cavalhadas se tornaram manifestações isoladas, mas que voltaram a se fazer presentes nos últimos 25 anos do século passado.
Novamente, mouros e cristãos se defrontam em homenagem ao santo padroeiro de uma vila interiorana; ali, integrando as comemorações cívicas, turísticas e festivas (por exemplo) do centenário daquela cidade, o estandarte da lua crescente dos súditos de Maomé desafia os defensores do Evangelho de Cristo.
Vestimentas muito coloridas e fogosos e enfeitados cavalos tornam o espetáculo muito bonito
Fonte: Blog do Léo Ribeiro
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