Por Milena Fischer - milena.fischer@zerohora.com.br – Um dia, alguém vai olhar para o Rio Grande do Sul e perguntar por que nesta terra ...
Por Milena Fischer - milena.fischer@zerohora.com.br
– Um dia, alguém vai olhar para o Rio Grande do Sul e perguntar por que nesta terra há milhares de gaiteiros.
Esse é o grande sonho de Renato Borghetti, que completará 50 anos no dia 23 de julho, 40 deles dedicados à música. Ele quer formar gaiteiros para levar adiante a tradição artística do Estado, a partir de um projeto social que também tem como finalidade estimular a sensibilidade e o conhecimento da cultura local.
A Fábrica de Gaiteiros nasceu em Guaíba há dois anos e meio e começou 2013 contabilizando 120 crianças de sete a 15 anos tendo aulas de gaita de oito baixos em cinco cidades. Por enquanto. Em breve, Rio Grande se somará a Guaíba, Barra do Ribeiro, Porto Alegre, São Gabriel e Tapes – onde as aulas foram lançadas no último dia 10 –, ampliando o alcance do projeto criado pelo Instituto Renato Borghetti de Cultura e Música, com apoio da Celulose Riograndense.
Antigo prédio em Barra do Ribeiro será sede do projeto de Borghetti
No início do ano, Borghetti comprou um prédio de 1932, no centro da Barra do Ribeiro – município onde, aos 10 anos, ganhou do pai, Rodi, sua primeira gaita. O local será sede do projeto e abrigará fábrica e salas de aula. Abandonada depois de ter servido a diferentes tipos de comércio, a construção localizada na esquina da Avenida Júlio de Castilhos com a Rua Francisco Rosales será completamente restaurada e adaptada para seu novo uso.
A empreitada tem assinatura da família. Emily, filha de Borghetti formada em arquitetura, trabalhou durante meses no projeto que prevê dois pisos. No térreo, haverá espaço para fabricação de gaitas, salas de aula e bolicho. O mezanino ganhará um palco para apresentações culturais, emoldurado por grandes janelas de vidro com vista para a praia de água doce, no centro da cidade.
Atualmente, a fábrica dos instrumentos funciona em uma sala do Colégio Estadual Augusto Meyer, em Guaíba, próximo de onde os alunos têm lições individuais, pelo menos uma hora por semana, com professores credenciados pelo projeto. As gaitas não são comercializadas – a confecção busca apenas atender à demanda do crescente número de alunos, e o ideal é que cada criança tenha seu próprio instrumento.
Na oficina, funcionários e estagiários estão finalizando a gaita de número 50. Como a quantidade de aprendizes é maior, utiliza-se um sistema semelhante ao de biblioteca: cada aluno retira seu instrumento e o leva para casa para praticar – ou pode agendar horário para fazê-lo na escola. Depois, a gaita é repassada a outro colega.
A maioria delas está com as crianças, exceto algumas, que foram dadas como presente. A de número 1 fica na sede da mantenedora do projeto, a Celulose Riograndense, que fornece o eucalipto certificado para confecção dos instrumentos. Borghetti anda com a segunda a tiracolo. E a terceira está bem distante do Rio Grande do Sul, guardada na coleção particular de Eric Clapton. Em 2011, quando o britânico apresentou-se em Porto Alegre, o gaúcho o presenteou com uma das gaitas do projeto, a convite da Engage Eventos.
Futuramente, os pequenos gaiteiros também poderão aprender a fazer seus próprios instrumentos – quem sabe já na nova sede da fábrica.
Fonte : Jornal Zero Hora e Rádio Fronteira Gaúcha
– Um dia, alguém vai olhar para o Rio Grande do Sul e perguntar por que nesta terra há milhares de gaiteiros.
Esse é o grande sonho de Renato Borghetti, que completará 50 anos no dia 23 de julho, 40 deles dedicados à música. Ele quer formar gaiteiros para levar adiante a tradição artística do Estado, a partir de um projeto social que também tem como finalidade estimular a sensibilidade e o conhecimento da cultura local.
A Fábrica de Gaiteiros nasceu em Guaíba há dois anos e meio e começou 2013 contabilizando 120 crianças de sete a 15 anos tendo aulas de gaita de oito baixos em cinco cidades. Por enquanto. Em breve, Rio Grande se somará a Guaíba, Barra do Ribeiro, Porto Alegre, São Gabriel e Tapes – onde as aulas foram lançadas no último dia 10 –, ampliando o alcance do projeto criado pelo Instituto Renato Borghetti de Cultura e Música, com apoio da Celulose Riograndense.
Antigo prédio em Barra do Ribeiro será sede do projeto de Borghetti
No início do ano, Borghetti comprou um prédio de 1932, no centro da Barra do Ribeiro – município onde, aos 10 anos, ganhou do pai, Rodi, sua primeira gaita. O local será sede do projeto e abrigará fábrica e salas de aula. Abandonada depois de ter servido a diferentes tipos de comércio, a construção localizada na esquina da Avenida Júlio de Castilhos com a Rua Francisco Rosales será completamente restaurada e adaptada para seu novo uso.
A empreitada tem assinatura da família. Emily, filha de Borghetti formada em arquitetura, trabalhou durante meses no projeto que prevê dois pisos. No térreo, haverá espaço para fabricação de gaitas, salas de aula e bolicho. O mezanino ganhará um palco para apresentações culturais, emoldurado por grandes janelas de vidro com vista para a praia de água doce, no centro da cidade.
Atualmente, a fábrica dos instrumentos funciona em uma sala do Colégio Estadual Augusto Meyer, em Guaíba, próximo de onde os alunos têm lições individuais, pelo menos uma hora por semana, com professores credenciados pelo projeto. As gaitas não são comercializadas – a confecção busca apenas atender à demanda do crescente número de alunos, e o ideal é que cada criança tenha seu próprio instrumento.
Na oficina, funcionários e estagiários estão finalizando a gaita de número 50. Como a quantidade de aprendizes é maior, utiliza-se um sistema semelhante ao de biblioteca: cada aluno retira seu instrumento e o leva para casa para praticar – ou pode agendar horário para fazê-lo na escola. Depois, a gaita é repassada a outro colega.
A maioria delas está com as crianças, exceto algumas, que foram dadas como presente. A de número 1 fica na sede da mantenedora do projeto, a Celulose Riograndense, que fornece o eucalipto certificado para confecção dos instrumentos. Borghetti anda com a segunda a tiracolo. E a terceira está bem distante do Rio Grande do Sul, guardada na coleção particular de Eric Clapton. Em 2011, quando o britânico apresentou-se em Porto Alegre, o gaúcho o presenteou com uma das gaitas do projeto, a convite da Engage Eventos.
Futuramente, os pequenos gaiteiros também poderão aprender a fazer seus próprios instrumentos – quem sabe já na nova sede da fábrica.
Fonte : Jornal Zero Hora e Rádio Fronteira Gaúcha
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