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Luiz Marenco critica regras do MTG

Já acumula mais de 1,7  mil compartilhamentos no Facebook o vídeo em que o cantor Luiz Marenco faz críticas às regras do Movimento Tradi...


Já acumula mais de 1,7  mil compartilhamentos no Facebook o vídeo em que o cantor Luiz Marenco faz críticas às regras do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). “Tem muita regra. O lenço, tá ali na cartilha,  tem que ter tantos centímetros, a bombacha tem que ter tantos centímetros de largura, a bota tem que ser assim, a camisa assim, o chapéu…Isso é um manequim! E tu não podes fazer isso porque o gaúcho no RS nã0 é só um. Tem o gaúcho serrano, com aquelas botas de gaitinhas, que sofreu outras influências pela colonização. Tu pegas o gaúcho missioneiro, que é diferente: até o pelego é mais curto, é mais cumprido”, exemplifica.

Marenco cita uma ocasião em que foi convidado a ser jurado de intérprete vocal no Encontro de Artes e Tradição Gaúchas (Enart). “Os três que eu achei melhor não ganharam nada. Aí eu perguntei, mas o que está errado, os guris cantaram tão bem?”, perguntou aos organizadores, que teriam respondido: “não, mas é que a gente descontou ponto porque um tava de relógio, o outro estava com o lenço, não era vermelho nem branco e o outro com a camisa dobrada. Não pode”. Então, Marenco disse ter retrucado: ” tá, mas vocês estão julgando roupa, manequim, o mais bonito, ou a arte dele?”

Ao descrever uma situação típica da lida de campo, na qual  um boi escapa enquanto o rebanho é levado para a mangueira, o cantor criticou as normas do tiro de laço: “um gaúcho, o peão de estância, não vai pegar (contar), nove rodilhas, uma, duas, três…o boi já está lá na Bossoroca quando ele terminar de contar as rodilhas. O homem do campo pega o laço, desenrodilha aqui, tira o tento aqui e faz qualquer tipo de armada, ele não quer que o boi vá pro mato. Se ele laçou a orelha, uma guampa, não importa”, afirma.

Na entrevista, Luiz Marenco citou Jayme Caetano Braun para dizer que não se importa com possíveis repercussões negativas de suas declarações junto ao MTG. “Não vou matar meus avós pra ficar de bem com os netos”, disse ele.

MTG rebate críticas

A pedido do Repórter Farroupilha, o presidente do MTG, Erival Bertolini, preparou uma nota sobre as declarações do cantor. No final, diz que o movimento serviu para muitos “iniciar-se profissionalmente neste berço” e que depois de se consagrar, “passam a criticar o berço que os criou”. Leia:

Não vou comentar as críticas do Sr. Marenco, que faz sobre as regras do MTG. Um cantor consagrado que, embora suas críticas, as vezes que o vi, estava bem pilchado.

Com relação a nossa indumentária, são todas as regras baseadas em pesquisas e amplamente discutidas e aprovadas em nossas convenções ordinárias que acontece todos os anos no mês de julho, sendo aberto a todos os tradicionalistas para discutir, concordar ou discordar. Aquilo que é aprovado passa para as diretrizes de indumentária e os que participam de eventos competitivos devem estar de acordo, pois competição tem regras e estas devem ser cumpridas.

Com relação ao tiro de laço, que o movimento pratica nos rodeios para preservar uma cultura que faz parte da nossa historia, que esta no sangue do gaúcho oriundo do campo e até do citadino de hoje, também é competitivo além de cultural. E para tanta competição há regras, que vem através das pesquisas e da tradição de pai para filho. Não é de graça que a armada para peão (adulto) tem 8 metros e quatro rodilhas, na campereada, nas lidas de campo, o peão é livre e pratica do seu jeito como achar melhor.

O gaúcho tradicionalista ficou conhecido no Brasil inteiro e no mundo, pela nossa historia, pela nossa cultura, mas também pela nossa estampa, pela silhueta que molduram os livros e os quadros culturais quando se quer representar um gaucho. As regras de indumentária estão na lei 8.813 de 10 de janeiro de 1989, de autoria do deputado Algir Lorenzon, que no seu artigo primeiro, arágrafo único, diz: “será considerada “pilcha gaúcha” somente aquela que, com autenticidade, reproduza com elegância, a sobriedade da nossa indumentária histórica, conforme os ditames e as diretrizes traçadas pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho.

Este movimento com suas regras seus erros e seus acertos, hoje está servindo de modelo de preservação dos usos e costumes da família e dos valores da nossa terra, e, ainda mais, servindo para muitos iniciar-se profissionalmente neste berço, depois de se consagrar passam a criticar o berço que os criou.

Na minha humildade vou iniciar meus netos o que iniciei aos meus filhos, que aprendi com meus pais e meus avôs, a respeitar a tradição deste povo, como disse Edson Dutra: “nem que passe mil anos não vamos afrouxar o garrão”, o modismo não altera nossa linda tradição.

Erival Bertolini/ Presidente do MTG

Fonte e para acessar outras notícias: g1.com.br/reporterfarroupilha


PS.: Um dos comentários me chamou a atenção:
"8 - serca:
27 maio, 2013 as 12:12
As regras para qualquer participação em concursos, sempre obedecem aos interesses da CBTG.
Este grupo, que se auto denomina dono das tradições gaúchas, orienta-se unicamente por uma coleção de livros escritos no século passado, coleção alias, que contém muitos erros, mas que o assim designado proprietário das tradições(um único individuo, ex-brigadiano) exige que seus amigos íntimos ou de ocasião leiam e estabeleçam as regras a partir desta tosca leitura.
Não há na CBTG outra coisa além de interesses pessoais deste senhor e seu grupo, totalmente voltado aos ganhos pessoais, especialmente os ganhos relativos ao seu imenso ego."

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