Sant’Ana do Livramento inaugura “Monumento a Paixão Côrtes” Nesta quarta-feira, dia 06/11/2013, às 10 horas, será inaugurado o “Monumento a...
Sant’Ana do Livramento inaugura “Monumento a Paixão Côrtes”
Nesta quarta-feira, dia 06/11/2013, às 10 horas, será inaugurado o “Monumento a Paixão Côrtes”, em homenagem ao ilustre santanense. O Monumento está localizado na entrada da cidade de Sant’Ana do Livramento, na bifurcação (trevo) das Avenidas João Belchior Goulart (BR 158) e a Avenida Dom Pedro II, próximo ao módulo da Brigada Militar.
Nesta quarta-feira, dia 06/11/2013, às 10 horas, será inaugurado o “Monumento a Paixão Côrtes”, em homenagem ao ilustre santanense. O Monumento está localizado na entrada da cidade de Sant’Ana do Livramento, na bifurcação (trevo) das Avenidas João Belchior Goulart (BR 158) e a Avenida Dom Pedro II, próximo ao módulo da Brigada Militar.
Encontro entre Paixão e o Pref. Wainer Sergio Coriolo
A OBRA E O ESCULTOR
Esta obra consiste em um pedestal com degraus de acesso a estátua de cerca de 3,5 metros, reproduzindo a figura atual do folclorista em saudação hospitaleira aos visitantes da cidade.
A obra artística é do consagrado arquiteto e virtuoso artista plástico Sérgio Coirolo (sergiocoirolo.blogspot.com.br), figura entre os grandes nomes da arte contemporânea. As obras do artista estão espalhadas em galerias, coleções particulares e ao ar livre pelo Brasil e pelo mundo. Tendo exposto seus trabalhos em Florença, Itália, berço do Renascimento Artístico e a "Meca" da arte escultural. Cidades como Florianópolis, Bagé, Dom Pedrito, Cruz Alta, Mostardas, Melo (Uruguai), Palmeira das Missões, Aceguá e Trás os Montes em Portugal tem a honra de possuir trabalhos do magnífico artista gaúcho.
Destaque-se entre mais de cinquenta bustos criados pelo talentoso escultor gaúcho, o do líder trabalhista e ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro Leonel de Moura Brizola Leonel Brizola na praça Albino Hillebrand, em Carazinho. Têm em suas fantásticas e colossais esculturas expostas em logradouros públicos do Rio Grande do Sul, o “Monumento ao Soldado Farroupilha Desconhecido”, em Rio Pardo, e o “Monumento à Paz Farroupilha”, em Dom Pedrito.
Coirolo, atualmente residindo em Florianópolis, fez questão de, portanto os esboços iniciais da estátua, deslocar-se a Porto Alegre para ouvir Paixão Côrtes. Teve acesso ao acervo fotográfico, como base documental de diferentes épocas do pesquisador gaúcho. Mesmo a distância, este diálogo manteve-se frequente, possibilitando a troca de opiniões de detalhes e oportunizando ao escultor captar, junto ao folclorista, seu modo de sentir mais natural. A hospitalização do folclorista, no final de 2012, dificultou estas conversas enriquecedoras.
Desenhos do Monumento
O PROJETO
A
partir de um dialogo entre Rui Francisco Ferreira Rodrigues, Patrão do
“CTG Presilha do Pago” e Coordenador da 18ª Região Tradicionalista, e
Duda Pinto, o jornalista do periódico santanense “A Platéia”, surgiu a
idéia de um monumento que retratasse Paixão Côrtes, nos dias de hoje.
O objetivo era realizar, com a presença de Paixão Côrtes, uma homenagem pelo trabalho desenvolvido durante toda sua vida como folclorista e tradicionalista, tanto de fixação dos elementos formadores da identidade gaúcha, quanto de valorização e divulgação desta cultura nos mais diferentes momentos e rincões brasileiros e mundiais, que suas andanças e mensagens puderam alcançar. Ao mesmo tempo buscava eternizar, em bronze, o “Gaúcho da nossa Fronteira”, reconhecendo em Paixão Côrtes, a representatividade deste modelo.
Concebida como duas obras, o Monumento e o Memorial Paixão Côrtes, está realizando-se a fase do Monumento.
Há de reconhecer-se que esta realização é fruto de quase 03 anos, de insistência e persistência de Rui F. F. Rodrigues, que trabalhou para a aprovação do projeto no Pró-Cultura RS da Secretaria de Cultura do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
A construção do Monumento é resultado da mobilização da sociedade santanesense. A produção cultural, através da Lei de Incentivo a Cultura, aprovada em 2012, têm como CTG Presilha do pago como produtor cultural sob coordenação de Rui F. F. Rodrigues.
Para concretizar esta realização do CTG Presilha do Pago, Rui e sua esposa Andréa, tiveram desde o início apoio da Prefeitura de Sant’Ana do Livramento, pelo Prefeito Wainer Machado (gestão 2009-12), e da ATSL – Associação Tradicionalista de Sant’Ana do Livramento que se responsabilizaram pela manutenção da limpeza e iluminação do monumento.
O Projeto da Lei de Incentivo à Cultura (LIC) obteve apoio financeiro da comunidade empresarial da cidade através da Righi Supermercados, da ALF – Augusto Leonel Fernandez, e da Recofran Alimentos.
PAIXÃO CÔRTES E SANT’ANA DO LIVRAMENTO
João Carlos D’Ávila Paixão Côrtes, nasceu a 12 de julho de 1927, na cidade de Santana do Livramento. Filho de Júlio Paixão Côrtes e de Fátima D’Ávila Paixão Côrtes, tem suas heranças ligadas à vida pastoril em sua terra natal, onde desde pequenote oportunizou um vivenciar espontâneo das lides campeiras.
Acredita que seu interesse artístico, está ligado ao costume de ouvir sua mãe ao piano, em leitura de partitura, tocando “havaneiras”, “maxixes” e “tangos”, afora, em momentos descontraídos, “modinhas” ao violão ou “rancheiras” e “polquinhas”, tiradas de uma cordeona de voz-trocada, de seu avô João Pedro Rodrigues D’Ávila, fazendeiro e gaiteiro de ocasião, no famoso “Rincão dos Ávila”, no Cerro Chato, interior de Livramento.
O próprio Paixão costuma dizer: “lá, se tu reboleares um laço de armada grande e de muitas rodilhas, e atirares à ‘campo-fora’ e laçares um bojo de uma macega, pode ‘cinchar’ que vem junto um ÁVILA, tocando ou cantando... Eu sai dançador...”
Quando piazito estudou por dois anos piano com Dona Mosquita, aplaudida professora de gerações de santanenses e por onde passou o brilhante pianista contemporâneo Natho Henn, hoje nome de discoteca estadual, da Secretaria de Educação.
Sua vida escolar iniciou em Livramento nos Colégios Rivadavea Corrêa (localizado antigamente na “linha divisória”) e dos Maristas, foi interrompida quando as atividade profissionais de seu pai, Engenheiro Agrônomo da Secretaria de Agricultura, mudou a família para Uruguaiana.
As raízes familiares maternas mantiveram seu vínculo pessoal com sua terra, e em diferentes momentos retornou a “Sant’Ana” (como se refere à cidade) para convívio familiar.
Com a perda do pai, ainda na adolescência, retornou de Porto Alegre, período em que teve suas primeiras experiências artísticas de palco, ora no conjunto musical “Bafo de Onça”, ora fazendo a animação e locução de festa no clube.
Foi na sua terra natal que participou do seu primeiro programa radiofônico na Rádio Cultura, com Orlando Simas e Teresa Almada, em 20 de setembro de 1948.
Na experiência dos seus 86 anos, entende que estes primeiros passos foram fundamentais para que posteriormente pudesse estar, na década de 50, fazendo programa de auditório em rádios, e atuando em palcos da Europa.
Sua atuação como pesquisador, como artista, como Engenheiro Agrônomo, entre outras atividades, oportunizou inúmeras vezes a sua presença no município.
Em um momento estava em Sant’Ana como pesquisador da religiosidade rural riograndense, no inicio da década de 60, observando “os capelões” e seus “terceros” puxando terços, registrando documentalmente em seu livro “Folclore Gaúcho” (1984, reeditado em 2006).
Em outro momento retornava para o “Festival do Cordeiro e o Vinho”, para lançamento do” Parque Eólico do Cerro Chato”, para visitar o Museu David Canabarro, para encontrar o tronco da Família D’Ávila. Sempre encontrando na cidade, amizades profundas e, aproveitando para descobrir, imagens de sua infância e adolescência na Praça dos Cachorros ou na Praça Internacional.
Destacasse, entretanto, em outubro de 1948, a entrevista de Belmira Garcia Labarthe a qual conheceu, em 1870, José Hernandez, autor de Martin Fierro, quando de sua hospedagem em Livramento. Possuindo em seu acervo, livro autografado pela Sra. Labarthe na ocasião. Este fato tem uma importância pessoal, pois nasceu na casa onde está registrada como local de estada de José Hernandez.
Teve o reconhecimento de sua cidade, em 1987, durante a Semana de Livramento, quando foi recepcionado calorosamente uma multidão e setenta cavaleiros, e foi declarado como “Hóspede Oficial do Município” pelo Executivo e Legislativo municipal, que lhe entregou simbolicamente as “chaves da cidade”.
Igualmente, foi recebido calorosamente como “Hóspede Oficial do Município” pelo Prefeito Wainer Machado, em 2007, na semana da cidade, que recebeu o título “Livramento é toda Paixão”, realizando diversas atividades culturais.
Ainda, em 2012, a Escola de Samba Tradição levou para o desfile carnavalesco de Sant’Ana do Livramento, o tema “A Tradição canta e dança com Paixão”.
Sempre onde esteve Paixão Côrtes teve como referência de existência a sua terra natal: “sou cria de Sant’Ana do Livramento, e me orgulhos disto”.
O objetivo era realizar, com a presença de Paixão Côrtes, uma homenagem pelo trabalho desenvolvido durante toda sua vida como folclorista e tradicionalista, tanto de fixação dos elementos formadores da identidade gaúcha, quanto de valorização e divulgação desta cultura nos mais diferentes momentos e rincões brasileiros e mundiais, que suas andanças e mensagens puderam alcançar. Ao mesmo tempo buscava eternizar, em bronze, o “Gaúcho da nossa Fronteira”, reconhecendo em Paixão Côrtes, a representatividade deste modelo.
Concebida como duas obras, o Monumento e o Memorial Paixão Côrtes, está realizando-se a fase do Monumento.
Há de reconhecer-se que esta realização é fruto de quase 03 anos, de insistência e persistência de Rui F. F. Rodrigues, que trabalhou para a aprovação do projeto no Pró-Cultura RS da Secretaria de Cultura do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
A construção do Monumento é resultado da mobilização da sociedade santanesense. A produção cultural, através da Lei de Incentivo a Cultura, aprovada em 2012, têm como CTG Presilha do pago como produtor cultural sob coordenação de Rui F. F. Rodrigues.
Para concretizar esta realização do CTG Presilha do Pago, Rui e sua esposa Andréa, tiveram desde o início apoio da Prefeitura de Sant’Ana do Livramento, pelo Prefeito Wainer Machado (gestão 2009-12), e da ATSL – Associação Tradicionalista de Sant’Ana do Livramento que se responsabilizaram pela manutenção da limpeza e iluminação do monumento.
O Projeto da Lei de Incentivo à Cultura (LIC) obteve apoio financeiro da comunidade empresarial da cidade através da Righi Supermercados, da ALF – Augusto Leonel Fernandez, e da Recofran Alimentos.
PAIXÃO CÔRTES E SANT’ANA DO LIVRAMENTO
João Carlos D’Ávila Paixão Côrtes, nasceu a 12 de julho de 1927, na cidade de Santana do Livramento. Filho de Júlio Paixão Côrtes e de Fátima D’Ávila Paixão Côrtes, tem suas heranças ligadas à vida pastoril em sua terra natal, onde desde pequenote oportunizou um vivenciar espontâneo das lides campeiras.
Acredita que seu interesse artístico, está ligado ao costume de ouvir sua mãe ao piano, em leitura de partitura, tocando “havaneiras”, “maxixes” e “tangos”, afora, em momentos descontraídos, “modinhas” ao violão ou “rancheiras” e “polquinhas”, tiradas de uma cordeona de voz-trocada, de seu avô João Pedro Rodrigues D’Ávila, fazendeiro e gaiteiro de ocasião, no famoso “Rincão dos Ávila”, no Cerro Chato, interior de Livramento.
O próprio Paixão costuma dizer: “lá, se tu reboleares um laço de armada grande e de muitas rodilhas, e atirares à ‘campo-fora’ e laçares um bojo de uma macega, pode ‘cinchar’ que vem junto um ÁVILA, tocando ou cantando... Eu sai dançador...”
Quando piazito estudou por dois anos piano com Dona Mosquita, aplaudida professora de gerações de santanenses e por onde passou o brilhante pianista contemporâneo Natho Henn, hoje nome de discoteca estadual, da Secretaria de Educação.
Sua vida escolar iniciou em Livramento nos Colégios Rivadavea Corrêa (localizado antigamente na “linha divisória”) e dos Maristas, foi interrompida quando as atividade profissionais de seu pai, Engenheiro Agrônomo da Secretaria de Agricultura, mudou a família para Uruguaiana.
As raízes familiares maternas mantiveram seu vínculo pessoal com sua terra, e em diferentes momentos retornou a “Sant’Ana” (como se refere à cidade) para convívio familiar.
Com a perda do pai, ainda na adolescência, retornou de Porto Alegre, período em que teve suas primeiras experiências artísticas de palco, ora no conjunto musical “Bafo de Onça”, ora fazendo a animação e locução de festa no clube.
Foi na sua terra natal que participou do seu primeiro programa radiofônico na Rádio Cultura, com Orlando Simas e Teresa Almada, em 20 de setembro de 1948.
Na experiência dos seus 86 anos, entende que estes primeiros passos foram fundamentais para que posteriormente pudesse estar, na década de 50, fazendo programa de auditório em rádios, e atuando em palcos da Europa.
Sua atuação como pesquisador, como artista, como Engenheiro Agrônomo, entre outras atividades, oportunizou inúmeras vezes a sua presença no município.
Em um momento estava em Sant’Ana como pesquisador da religiosidade rural riograndense, no inicio da década de 60, observando “os capelões” e seus “terceros” puxando terços, registrando documentalmente em seu livro “Folclore Gaúcho” (1984, reeditado em 2006).
Em outro momento retornava para o “Festival do Cordeiro e o Vinho”, para lançamento do” Parque Eólico do Cerro Chato”, para visitar o Museu David Canabarro, para encontrar o tronco da Família D’Ávila. Sempre encontrando na cidade, amizades profundas e, aproveitando para descobrir, imagens de sua infância e adolescência na Praça dos Cachorros ou na Praça Internacional.
Destacasse, entretanto, em outubro de 1948, a entrevista de Belmira Garcia Labarthe a qual conheceu, em 1870, José Hernandez, autor de Martin Fierro, quando de sua hospedagem em Livramento. Possuindo em seu acervo, livro autografado pela Sra. Labarthe na ocasião. Este fato tem uma importância pessoal, pois nasceu na casa onde está registrada como local de estada de José Hernandez.
Teve o reconhecimento de sua cidade, em 1987, durante a Semana de Livramento, quando foi recepcionado calorosamente uma multidão e setenta cavaleiros, e foi declarado como “Hóspede Oficial do Município” pelo Executivo e Legislativo municipal, que lhe entregou simbolicamente as “chaves da cidade”.
Igualmente, foi recebido calorosamente como “Hóspede Oficial do Município” pelo Prefeito Wainer Machado, em 2007, na semana da cidade, que recebeu o título “Livramento é toda Paixão”, realizando diversas atividades culturais.
Ainda, em 2012, a Escola de Samba Tradição levou para o desfile carnavalesco de Sant’Ana do Livramento, o tema “A Tradição canta e dança com Paixão”.
Sempre onde esteve Paixão Côrtes teve como referência de existência a sua terra natal: “sou cria de Sant’Ana do Livramento, e me orgulhos disto”.
Colaboração: JC Paixão Côrtes
Contato em Sant’Ana do Livramento: Rui Rodrigues 55.9973.1149
Contato em Sant’Ana do Livramento: Rui Rodrigues 55.9973.1149
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