Por Matias Moura O desenhista Sérgio Antônio Santos da Cunha , 59 anos , é natural de Uruguaiana e descobriu o talento ainda quando ...
Por Matias Moura
O desenhista Sérgio Antônio Santos da Cunha , 59 anos , é natural de Uruguaiana e descobriu o talento ainda quando era guri , e já desenhava seus primeiros rabiscos , e nem imaginava que aquela brincadeira seria a profissão que um dia ele escolheria para exercer . Guri criado no campo como ele próprio afirma , traz em sua memória muitas imagens daquela época que hoje são retratadas em telas que contam sobre os costumes dos gaúchos . Seus desenhos bem traçados mostram cenas das gineteadas , das tropas de bois conduzidas por grandes comitivas , das “charlas” ao pé dos fogões tropeiros , dos rodeios e marcações a campo fora , dos bailes à moda antiga que eram embalados pelo som da gaita , do violão e pandeiro , das feições dos homens rudes castigados pelas intempéries do tempo, do índio vago, do “changueador” cruzador de distâncias , das carreiradas aos Domingos , das mateadas e churrascadas , das taperas beirando as estradas e muitas outras cenas que ficaram guardadas na memória de um artista que busca inspiração em sua origem para através da técnica conhecida como bico de pena e nanquim ganhar vida .
“ O artista tem que estar onde o povo está por isso revolvi levar o trabalho para as ruas , aqui tendo este contato direto com as pessoas vejo o quanto é importante o que faço, cada desenho deste contém um pouco da minha história e fui criando vendo essas imagens e figuras , meu pai tinha uma pequena propriedade rural e também era dono de um “bolicho” e eu enquanto criança andava sempre junto com ele e lembro dessas imagens e naquela época já fazia meus desenhos ,a minha mãe conta que ainda bem pequeno eu riscava o chão do terreiro com um graveto fazendo algumas figuras , posso dizer que hoje ainda sou o mesmo guri de campanha que cresceu e que continua a fazer uns rabiscos “ comenta Sérgio Cunha .
O artista explica que chegou trabalhar em outros empregos , como em uma gráfica por exemplo mas nunca abandonou o seu talento, foi então quando tinha 30 anos de idade que começou a se dedicar exclusivamente a fazer desenhos com a temática gaúcha , tendo como grande inspiração o desenhista “Berega” que também é uruguaianense e tem a sua arte reconhecida nacionalmente e internacionalmente por registrar em suas obras o cotidiano dos fronteiriços .
” Sem dúvida o Berega , foi e é minha grande fonte de inspiração , quando comecei a trabalhar com essa temática gaúcha notei que havia uma grande carência e muita procura ,as pessoas gostam de comprar estes desenhos para colocar em suas casas , no canto da churrasqueira , ou então para enfeitar algum galpão , penso que estou contribuindo com a nossa cultura entregando estas cenas que tanto nos representam e creio que a nossa tradição merece ser mais preservada é isso que me motiva a seguir desenvolvendo este trabalho” afirma Sérgio Cunha.
O artista está de passagem por Livramento e estará expondo seus desenhos no Largo Hugolino Andrade durante todo o dia.
Para ver mais fotos, clique aqui.
Fonte: Rádio Fronteira Gaúcha
O desenhista Sérgio Antônio Santos da Cunha , 59 anos , é natural de Uruguaiana e descobriu o talento ainda quando era guri , e já desenhava seus primeiros rabiscos , e nem imaginava que aquela brincadeira seria a profissão que um dia ele escolheria para exercer . Guri criado no campo como ele próprio afirma , traz em sua memória muitas imagens daquela época que hoje são retratadas em telas que contam sobre os costumes dos gaúchos . Seus desenhos bem traçados mostram cenas das gineteadas , das tropas de bois conduzidas por grandes comitivas , das “charlas” ao pé dos fogões tropeiros , dos rodeios e marcações a campo fora , dos bailes à moda antiga que eram embalados pelo som da gaita , do violão e pandeiro , das feições dos homens rudes castigados pelas intempéries do tempo, do índio vago, do “changueador” cruzador de distâncias , das carreiradas aos Domingos , das mateadas e churrascadas , das taperas beirando as estradas e muitas outras cenas que ficaram guardadas na memória de um artista que busca inspiração em sua origem para através da técnica conhecida como bico de pena e nanquim ganhar vida .
“ O artista tem que estar onde o povo está por isso revolvi levar o trabalho para as ruas , aqui tendo este contato direto com as pessoas vejo o quanto é importante o que faço, cada desenho deste contém um pouco da minha história e fui criando vendo essas imagens e figuras , meu pai tinha uma pequena propriedade rural e também era dono de um “bolicho” e eu enquanto criança andava sempre junto com ele e lembro dessas imagens e naquela época já fazia meus desenhos ,a minha mãe conta que ainda bem pequeno eu riscava o chão do terreiro com um graveto fazendo algumas figuras , posso dizer que hoje ainda sou o mesmo guri de campanha que cresceu e que continua a fazer uns rabiscos “ comenta Sérgio Cunha .
O artista explica que chegou trabalhar em outros empregos , como em uma gráfica por exemplo mas nunca abandonou o seu talento, foi então quando tinha 30 anos de idade que começou a se dedicar exclusivamente a fazer desenhos com a temática gaúcha , tendo como grande inspiração o desenhista “Berega” que também é uruguaianense e tem a sua arte reconhecida nacionalmente e internacionalmente por registrar em suas obras o cotidiano dos fronteiriços .
” Sem dúvida o Berega , foi e é minha grande fonte de inspiração , quando comecei a trabalhar com essa temática gaúcha notei que havia uma grande carência e muita procura ,as pessoas gostam de comprar estes desenhos para colocar em suas casas , no canto da churrasqueira , ou então para enfeitar algum galpão , penso que estou contribuindo com a nossa cultura entregando estas cenas que tanto nos representam e creio que a nossa tradição merece ser mais preservada é isso que me motiva a seguir desenvolvendo este trabalho” afirma Sérgio Cunha.
O artista está de passagem por Livramento e estará expondo seus desenhos no Largo Hugolino Andrade durante todo o dia.
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Fonte: Rádio Fronteira Gaúcha
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