Grid

GRID_STYLE
FALSE
TRUE

Classic Header

{fbt_classic_header}

Top Ad

Últimos chasques

latest

ABCCC reage à entrevista de historiador

O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), José Luiz Lima Laitano (foto),  regiu à entrevista do his...

O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), José Luiz Lima Laitano (foto),  regiu à entrevista do historiador Tau Golin, publicada neste domingo pelo jornal Zero Hora. "Consideramos uma visão simplista do especialista em traduzir os problemas do Estado em uma figura (o cavalo), mesmo que seja por apenas sentido figurado", disse Laitano, em nota.

Querendo atribuir ao cavalo e ao seu significado o atraso do Rio Grande,  Golin sustentou que,  "na história rio-grandense, quem apostou no cavalo perdeu a guerra". E prossegiu: "na história contemporânea, o cavalo só se presta para patrulhamento de grandes distâncias e para reprimir manifestações públicas de estudantes e operários, numa mentalidade de covardia. Mas com algumas bolitas, pregos e bombinhas, você anula essa força. É uma arma completamente inútil. A cavalaria, contemporaneamente, é a arma dos covardes, dos prevalecidos", disse.

Golin vai além, ignorando totalmente o potencial de geração de renda (1,28 BI) e empregos (240 mil direitos e indiretos) que esse segmento possui na nossa economia: "As prefeituras alimentam esse tipo de imaginário latifundiário, da estância, entre coitados e miseráveis a cultura de gente entronizada no lombo de um cavalo". Em resumo, o que este homem defende, em nome do desenvolvimento do estado, é que evoquemos nossa vocação naval em vez da "equina". Acharam esta última frase sem sentido? O meu cavalo Picumã também. Afinal, não é com cavalos que se escoa a produção agrícola e industrial. Enfim, desprovida de argumentos essa entrevista.  Veja a nota do presidente da ABCCC:

Referente à entrevista dada pelo historiador Tau Golin, publicada no jornal Zero Hora deste domingo, 7 de fevereiro de 2016, onde o mesmo liga a imagem do cavalo ao retrocesso do Rio Grande do Sul, viemos afirmar que consideramos uma visão simplista do especialista em traduzir os problemas do Estado em uma figura, mesmo que seja por apenas sentido figurado.

Primeiramente, no quesito desenvolvimento, é importante esclarecer que a equinocultura, além de ser uma tradição cultural, movimenta toda uma economia no Rio Grande do Sul, fazendo parte do setor agropecuário, que hoje vem sendo o setor que sustenta a economia brasileira. Para se ter uma ideia, um estudo realizado pela Esalq/USP aponta que só no cavalo Crioulo o giro na economia anualmente é de R$ 1,28 bilhão e a geração de empregos é de 240 mil postos diretos e indiretos de trabalho, sendo a grande maioria no Sul do Brasil, movimento maior do que muitos setores industriais e do comércio.

Este trabalho vem sendo reconhecido por todo o Brasil, tanto que os números mostram que o crescimento percentual de cavalos Crioulos em outras regiões é maior, por exemplo, no Centro Oeste e Sudeste do que no Sul do país. Isto é oportunidade de negócios e movimentação econômica para os criadores do Rio Grande do Sul, que exportam genética e ajudam nas economias locais, já que este desenvolvimento gera empregos e renda no Estado. Além disso, reforça a integração com outras culturas que também são fundamentais para o nosso país e fazem com que a miscigenação cultural seja uma das maiores riquezas que este país tem.

Quanto a imagem reforçada pelo historiador de que o cavalo é ligado à soluções tacanhas, conforme palavra dita pelo mesmo, reforçamos mais uma vez que se trata de uma visão simplista e generalista, pois em um universo de milhares de pessoas nem todos os pensamentos são iguais, o que faz parte de uma democracia e onde valorizamos a diferença de ideias e pensamentos. No mais, explicamos que hoje estamos trabalhando fortemente em sincronizar nossa tradição e cultura, que são riquezas que devemos preservar, assim como toda a cultura brasileira o faz, com desenvolvimento e sustentabilidade desta atividade não só para os envolvidos mas para a sociedade como um todo.

Finalizando, convidamos o historiador a participar dos nossos eventos e conhecer todos os movimentos que estamos fazendo em favor do desenvolvimento econômico, cultural e social do Rio Grande do Sul e do Brasil. Estamos de braços abertos para recebê-lo e mostrar como esta comunidade contribui para o progresso de nosso Estado e do nosso país.

Jose Luiz Lima Laitano
presidente da ABCCC


por Giovani Grizotti
Fonte: blog do Repórter Farroupilha junto ao portal G1