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A obra primorosa de Cenair Maicá

Nesta terça-feira, 3 de maio, comemora-se a data de nascimento de Cenair Maicá, um dos mais importantes referentes da música rio-granden...


Nesta terça-feira, 3 de maio, comemora-se a data de nascimento de Cenair Maicá, um dos mais importantes referentes da música rio-grandense. Cenair Maicá nasceu em Tucunduva no dia 3 de maio de 1947 e faleceu em Porto Alegre no 2 de janeiro de 1989. Seus restos mortais estão em Santo Ângelo, onde viveu grande parte de sua vida e onde se firmou artisticamente. Tive o privilégio de conviver com ele, dividir com ele o palco algumas vezes e ter sua amizade em boas prosas, inclusive fui o mediador na aproximação que resultou seu ingresso na Rádio Liberdade FM com seu programa o Canto dos Livres, título de sua mais reconhecida obra. Lamentavelmente o Magro teve uma vida curta, mas por outro lado deixou uma obra consistente e um exemplo de cantar o cotidiano em defesa dos menos providos da sorte, especialmente os povos originários.

Sua discografia:
1970 – Filosofia de Gaudério (com Noel Guarany)
1978 – Rio de Minha Infância
1980 – Caminhos
1983 – Canto dos Livres
1985 – Companheira Liberdade
1985 – Meu Canto
1988 – Troncos Missioneiros (com Noel Guarany, Jayme Caetano Braun e Pedro Ortaça)

O Jayme Caetano Braun denominou Cenair Maicá como “Cantor das Águas”, sem contestar o mestre, prefiro “Cantor do Cotidiano” baseado nesta música O Louco ou Canto dos Livres, entre outras.


Um fato que poucos sabem sobre o Cenair Maicá
O Magro morava em Porto Alegre e em virtude de seu frágil estado de saúde, o médico sugeriu que ele voltasse a morar no interior, onde houvesse ar mais puro. Resolveu morar em Soledade e lá compôs a música “Soledade Não é Mais Solidão”. Gravou a voz base e ficou de voltar no estúdio para colocar a interpretação definitiva quando todo o instrumental estivesse gravado. O destino lhe deu um pealo e ele não pode voltar para regravar. Como tudo que ele fazia, procurava fazer bem feito, a gravadora resolveu lançar o disco com a voz base mesmo e não perde em nada para as demais músicas.

Eu, particularmente, tenho um apreço muito grande por esta música, devido a esta história, a sua beleza e a sede de viver expressa em sua letra, justo ele que julgava ter renascido e queria “redundantemente renascer de novo¨. Vejam o que disse o cantor: “- aqui parei a respirar um ar tão puro / e assim fiquei a sonhar o meu futuro / vou garimpar o solo rico deste povo / neste aconchego quero renascer de novo/. [ ] “Ano após anos quero garimpar / esta liberdade quero respirar/” [ ] “Soledade não é mais solidão / nem a saudade machuca o coração / quando raízes de flores tão cheirosas / cobrem minérios de pedras preciosas/”
 

 


Por Tânia Goulart
Fonte: portal ABC do Gaúcho