Na foto, a gineteada no Rodeio de Vacaria, considerado modelo no bem estar animal, com o aval do Ministério Público Em rara decisão, a ...
Na foto, a gineteada no Rodeio de Vacaria, considerado modelo no bem estar animal, com o aval do Ministério Público
Em rara decisão, a justiça gaúcha proibiu a prática de provas de laço e rodeios na cidade de Butiá. A decisão da juíza da cidade Cleusa Maria Ludwig veda, inclusive, provas incomuns no Rio Grande do Sul, como calf roping, bulldogging e vaquejadas. O motivo é um pedido de liminar feito pelo Ministério Público por casa de suposto acidente ocorrido em espetáculo circense (sic), no qual a "exploração de bichos era evidente", resultando em espectadores feridos.
A promotoria alega que o município não fiscalizou tal evento e que as provas em rodeios são "cruéis". Na sentença, a magistrada diz que práticas culturais que são orgulho de um povo não podem causar "horror". Por isso, vedou a realização de eventos que causam "sofrimento" em animais. A sentença cita um rodeio que começaria hoje na cidade, já suspenso, mas vale também para outras atividades do gênero no município.
Lideranças da Câmara, prefeitura e do MTG já estão mobilizadas para derrubar a decisão. Alegam que o Ministério Público misturou questões distintas ao propor a proibição. Isso porque o mote da ação foi um acidente com tourada dentro de um circo, o que nada tem a ver com rodeios crioulos. Citado na ação, o responsável pela apresentação também organiza rodeios, daí a possível "confusão", acredita Ivan Botelho, coordenador da 2a Região Tradicionalista, que já acionou o presidente do MTG, Nairo Callegaro.
Idéia é apresentar à Justiça Termo de Ajustamento de Conduta assinado entre a Promotoria de Defesa do Meio Ambiente e entidades tradicionalistas, com as regras estabelecidas visando o bem estar animal. O MTG e autoridades do município irão assegurar que todos os termos estão sendo cumpridos, rigorosamente.
Fonte: Repórter Farroupilha junto ao portal G1