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Pilcha Gaúcha Feminina: como e quando usá-la

Nota : Atendendo a diversas solicitações, republicamos, hoje, uma de nossas postagens mais visitadas de todos os tempos. Descreve sobre ...


Nota: Atendendo a diversas solicitações, republicamos, hoje, uma de nossas postagens mais visitadas de todos os tempos. Descreve sobre a indumentária feminina em uma brilhante pesquisa de Éwilin Ayres e Liliane Pappen   

As gaúchas mostram que estão inovando nas tradições, sendo que a alguns anos atrás era impossível imaginar uma prenda usando bombacha, pois era exclusividade do peão, assim como pala e chapéu campeiro, trajes tipicamente masculinos.

Mas os tempos são outros, e hoje, no entanto, roupas e acessórios são usados pelas mulheres gaúchas, com muito estilo e sem perder a feminilidade, até pelo contrário, podem compor produções muito charmosas e elegantes, e esse novo estilo de vestir das prendas deixaram muitas dúvidas do que pode e não pode pelo MTG, do que é certo ou errado.

A vestimenta típica é um dos diversos legados da cultura gaúcha, e usar a pilcha corretamente é uma forma de preservar o patrimônio cultural. Para orientar prendas e peões a se vestirem adequadamente, o Movimento Tradicionalista Gaúcho – MTG estabeleceu diretrizes para a pilcha gaúcha em diversas ocasiões, e uma das características que merece ser destacada é a sobriedade da vestimenta: “A mulher açoriana era simples, humilde, trabalhadora”, vale lembrar!

Estilo Tradicional das Prendas- Pode variar de acordo com a época do traje. De acordo com as diretrizes, a mulher pode vestir o traje de estancieira, a saia e blusa ou o Vestido de prenda atual, trajes estes que podem e devem ser usados em bailes oficiais, fandangos e eventos sociais.

Estilo Moderno e Campeiro das Gaúchas- A saia longa, com camisa justa (camisete) com ou sem babados. O charme da produção fica por conta da faixa na cintura, ao estilo basquê (variação do espartilho que é uma peça intima, entretanto, utilizado sobre a blusa como forma de modelar o corpo (quem assistiu "A casa das 7 mulheres", deve se lembrar de Dona Caetana, esposa de Bento Gonçalves, vestindo um basquê vermelho sobre as suas saias). Mais recentemente, algumas artistas do meio nativista, passaram a utilizar o lenço masculino com motivos pampianos para confeccionar estas faixas e incrementarem seu figurino. Num traje épico, o basquê é construído com outros tipos de tecido, como por exemplo, o brocado (tecido firme e com relevos que ajudam a decorar o traje).

Outra variante do traje "alternativo", é o uso de faixas semelhante a aquelas usadas pelos peões por baixo da guaiaca ou até mesmo cintos de couro, podendo serem usadas em diversas atividades, até mesmo em bailes e formaturas, exceto em eventos que exijam indumentária especifica, como Bailes de Fandango e Eventos oficiais do MTG. Apesar de não ser um traje "oficial", e ressaltamos, não ser permitido em eventos oficiais, o uso da saia com tais acessórios, do nosso ponto de vista, salva a feminilidade da mulher, mantendo a liberdade e praticidade de movimentos, sem entretanto, perder algumas das características da pilcha, como a saia longa e a blusa com pouco decote, sendo esse, um dos motivos de conquistar tantas adeptas.

É claro que, é preciso bom senso na hora de escolher o traje, optando por blusas e saias sóbrias e respeitosas, afinal, CTG e eventos tradicionalistas são locais familiares e exigentes quando o assunto é moral e bons costumes, ou então, daqui a pouco, algumas "prendinhas" estarão encurtando tanto as saias e decotando tanto as blusas que mais parecerão funkeiras do que tradicionalistas. Lembrem-se, "Prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém"!!!!!

Também o traje campeiro feminino como bombachinhas, palas, botas e alpargatas, um estilo bem do campo, pode ser usados sim, pelas mulheres gaúchas, desde que aplicados corretamente. Bombachinhas não devem ser justas e sim larguinhas, podendo ser usadas em diversas ocasiões, especialmente em eventos campeiros, pois são muito confortáveis para um rodeio, por exemplo. Mas não se permite bombachinha em bailes e eventos sociais, algo que hoje é discutido por alguns tradicionalistas, afinal a bombachinha larga não pode no CTG, mas a calça jeans justa de cintura baixa é permitida.

Tivemos uma agradável conversa e troca de experiências, sobre este assunto que gera tantas dúvidas entre as prendas, e como nós duas usamos todos estes estilos, tanto vestidos, saias, bombachinhas, temos a mesma opinião a respeito da indumentária feminina. Então respondendo a pergunta “Porquê da saia e não o vestido de prenda para um baile?” Bom, em primeiro lugar vem o gosto pessoal e você se identificar com estilo que esta usando, seja ele prenda tradicional, com trajes de estancieira ou campeira, o importante é se estar bem pilchada para cada ocasião e ambiente.

Texto de Éwilin Ayres e Liliane Pappen
PS: Gracias a amiga Liliane Pappen por me ajudar a colocar nossas ideias nesse texto!



Fonte: blog do Léo Ribeiro