O Lenço O uso do lenço à cabeça procede da Península Ibérica. Os bandeirantes usaram lenço à cabeça, bem como os gaúchos e os índios minu...
O Lenço
O uso do lenço à cabeça procede da Península Ibérica. Os bandeirantes usaram lenço à cabeça, bem como os gaúchos e os índios minuanos. Estes usavam um lenço dobrado passado ao redor da cabeça.
O termo vincha não foi mencionado na área brasileira. Entre os castelhanos, era uma cinta, faixa de tecido “pampa”, tira de couro, ou um lenço dobrado com que os “índios e paisanos” sujeitavam os cabelos.
Atualmente, só usam a “vincha” os domadores. O lenço ao pescoço é de introdução européia e de uso em vários países sul-americanos: Bolívia, Argentina, Uruguai e Brasil. Há vários tipos de nós, havendo alguns de simbolismo político, como o Republicano composto de dois topes e uma “rapadura” ao centro (vermelho 1835).
No anuário do Rio Grande do Sul de Graciano de Azambuja (1892 pág.160), há informes sobre o nó republicano. Sua colocação, a do lenço à cabeça é explicada por Augusto Meyer: “... o engenhoso laço feito com as pontas de grande lenço vermelho, que recobre a cabeça, caindo em pontas sobre as costas, e com as outras pontas atava-se um complicado nó de gravata pendendo sobre o peito”.
Paixão Côrtes em “O Gaúcho, Danças, Trajes, Artesanato” faz descrição minuciosa sobre os diferentes nós de lenços. Os mais conhecidos são: nó de correr ou de namorado, nó de três galhos, rapadura, nó republicano, nó de ginete, nó comum.
Quanto às cores, houve tempo em que elas significavam partidos políticos:
• Chimango (ala radical do Partido Liberal no I e II Impérios) cor branco.
• Maragato (partidários do parlamentarismo defendido por Gaspar Silveira Martins - Revolução Federalista de 1893, posteriormente Partido Libertador) cor vermelha.
A origem da palavra Maragato vem do Uruguai; o chefe gasparista Gumercindo Saraiva procedia do departamento de San José (da Banda Oriental), colonizado por espanhóis procedentes da Maragateria de Espanha.
O lenço usado “a meia espádua”, imita a antiga charpa de uso na Europa que, aqui no Brasil, foi utilizada pelos bandeirantes.
Os campeiros da região serrana do Estado do Rio Grande do Sul usavam lenço como escoteiros com a ponta caída às costas. Não só de uma cor lisa, mas também de xadrez miúdo.
É de uso comum entre gaúchos uma presilha em forma de anel (muitas vezes a própria aliança), para prender o lenço, substituindo assim, o nó. O material usado para isto varia: chifre, osso da canela de avestruz, metal, couro, ouro e prata.
Fonte: http://www.mtg.org.br/folclore/ e portal Identidade Campeira
Confira abaixo o vídeo administrado pelo Rogério Bastos, em 08/09/2012, onde ele fala sobre nós de lenço.
O uso do lenço à cabeça procede da Península Ibérica. Os bandeirantes usaram lenço à cabeça, bem como os gaúchos e os índios minuanos. Estes usavam um lenço dobrado passado ao redor da cabeça.
O termo vincha não foi mencionado na área brasileira. Entre os castelhanos, era uma cinta, faixa de tecido “pampa”, tira de couro, ou um lenço dobrado com que os “índios e paisanos” sujeitavam os cabelos.
Atualmente, só usam a “vincha” os domadores. O lenço ao pescoço é de introdução européia e de uso em vários países sul-americanos: Bolívia, Argentina, Uruguai e Brasil. Há vários tipos de nós, havendo alguns de simbolismo político, como o Republicano composto de dois topes e uma “rapadura” ao centro (vermelho 1835).
No anuário do Rio Grande do Sul de Graciano de Azambuja (1892 pág.160), há informes sobre o nó republicano. Sua colocação, a do lenço à cabeça é explicada por Augusto Meyer: “... o engenhoso laço feito com as pontas de grande lenço vermelho, que recobre a cabeça, caindo em pontas sobre as costas, e com as outras pontas atava-se um complicado nó de gravata pendendo sobre o peito”.
Paixão Côrtes em “O Gaúcho, Danças, Trajes, Artesanato” faz descrição minuciosa sobre os diferentes nós de lenços. Os mais conhecidos são: nó de correr ou de namorado, nó de três galhos, rapadura, nó republicano, nó de ginete, nó comum.
Quanto às cores, houve tempo em que elas significavam partidos políticos:
• Chimango (ala radical do Partido Liberal no I e II Impérios) cor branco.
• Maragato (partidários do parlamentarismo defendido por Gaspar Silveira Martins - Revolução Federalista de 1893, posteriormente Partido Libertador) cor vermelha.
A origem da palavra Maragato vem do Uruguai; o chefe gasparista Gumercindo Saraiva procedia do departamento de San José (da Banda Oriental), colonizado por espanhóis procedentes da Maragateria de Espanha.
O lenço usado “a meia espádua”, imita a antiga charpa de uso na Europa que, aqui no Brasil, foi utilizada pelos bandeirantes.
Os campeiros da região serrana do Estado do Rio Grande do Sul usavam lenço como escoteiros com a ponta caída às costas. Não só de uma cor lisa, mas também de xadrez miúdo.
É de uso comum entre gaúchos uma presilha em forma de anel (muitas vezes a própria aliança), para prender o lenço, substituindo assim, o nó. O material usado para isto varia: chifre, osso da canela de avestruz, metal, couro, ouro e prata.
Fonte: http://www.mtg.org.br/folclore/ e portal Identidade Campeira
Confira abaixo o vídeo administrado pelo Rogério Bastos, em 08/09/2012, onde ele fala sobre nós de lenço.
Vídeo: Canal /Youtube - CASAL MAIS QUE FANDANGUEIRO JOSIEL E MARI