Algumas datas são marcantes. Dia 21 de dezembro de 2016 marcará na história a data em que a Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Fo...
Algumas
datas são marcantes. Dia 21 de dezembro de 2016 marcará na história a
data em que a Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore foi
extinta.
Em 1948, foi criado no Rio Grande do Sul a Comissão Estadual de Folclore (hoje, Comissão Gaúcha de Folclore) liderada pelo folclorista Dante de Laytano. No ano de 1954, a Assembleia Legislativa aprovou a lei que reestruturou a Secretaria de Educação do Estado, criando a Divisão de Cultura e o Instituto de Tradição e Folclore – ITF – sob a direção do folclorista Carlos Galvão Krebs, e mais tarde, em 1965, o primeiro curso de graduação em folclore do Estado, conhecido como Escola Superior de Folclore, que tinha como objetivo a formação de professores do Ensino Básico.
O ITF, dentro da Divisão de Cultura, da Secretaria de Educação, funcionou até aproximadamente 1969, quando, no último ano do Governo de Euclides Triches, foi criada, pelo Decreto n.º 23.613, de 27 de dezembro de 1974, a Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore.
Lá passaram nomes como Antonio Augusto Fagundes, Paixão Cortes, Glaucus Saraiva, Carlos Galvão Krebs, Hélio Moro Mariante, Lilian Argentina Braga Marques, Sonia Siqueira Campos, Rose Marie dos Reis, Paula Simon Ribeiro, José Edson Gobbi Otto, ivo Benfatto, Manoelito Savaris, José Roberto Diniz de Moraes, Tarcisio Taborda, Luiz Celso Gomes Hyarup e Edison Acri, entre outros...
E os cadernos Gaúchos?
História do tradicionalismo sul-rio-grandense, caderno nº 1 - de Helio Moro Mariante (1976);
Indumentária Gaúcha, caderno nº 2 - de Antonio Augusto Fagundes (1977);
Pandorgueando, caderno nº 3 - Também de Helio Moro Mariante (1977);
Panorama bibliográfico do regionalismo - Caderno nº 04 - Pedro Leite Villas-Boas (1978);
O RS - 1904 - Visto por dentro - Caderno nº 5 - Comentários e notas de Lothar Hessel (1978);
Música Folclórica, tradicional e popular - Caderno nº 6 - Equipe Tecnica do IGTF (1980);
Carreira de Bois - Caderno nº 7 - Equipe Tecnica do IGTF (1981);
Danças Tradicionais - Caderno nº 9 - Equipe Tecnica do IGTF (1994)
Na gestão de Manoelito Savaris voltou-se a produzir material de pesquisa, com os livros dos Festejos Farroupilhas de 2008 e 2009 ( Nossos Símbolos, Nosso Orgulho e os Farroupilhas e suas façanhas).
Eu me preparei para um dia trabalhar na área da cultura, o IGTF era um dos lugares que pensei em passar, mas, infelizmente, teremos de mudar os rumos do planejamento. O ITF poderia voltar a existir, como uma divisão, lá do inicio dos anos 50, mas com técnicos, como da Comissão Gaúcha de Folclore, MTG, Estancia da Poesia Crioula, Instituto Escola do Chimarrão, e lincar com o turismo no RS, criando a cadeia produtiva da cultura gaúcha.
Há bastante tempo viemos trabalhando para que o Rio Grande do Sul e os gaúchos, percebam a potencialidade econômica que envolve o nosso tradicionalismo. A Bahia já fez a sua lição de casa: sabe utilizar de forma eficiente a sua música e a sua cultura na economia. Por que nós, gaúchos, com este folclore riquíssimo e uma tradição campeira pujante, não fizemos o mesmo?
São tantas as questões para o debate, ressaltando que, por exemplo, a produção de erva-mate (será que o consumo atingiria os números atuais não fosse o apelo tradicionalista?); e, os festivais de musica que cantam e encantam o nosso Rio Grande (oportunizando o surgimento de grandes poetas e compositores) e os rodeios não movimentam nossa economia???
Acho que teremos muitos debates em 2017. Acredito que a Comissão Gaúcha de Folclore que está chegando aos seus 70 anos, deva tomar seu lugar no protagonismo dessa história.
Fonte: blog do Rogério Bastos
Em 1948, foi criado no Rio Grande do Sul a Comissão Estadual de Folclore (hoje, Comissão Gaúcha de Folclore) liderada pelo folclorista Dante de Laytano. No ano de 1954, a Assembleia Legislativa aprovou a lei que reestruturou a Secretaria de Educação do Estado, criando a Divisão de Cultura e o Instituto de Tradição e Folclore – ITF – sob a direção do folclorista Carlos Galvão Krebs, e mais tarde, em 1965, o primeiro curso de graduação em folclore do Estado, conhecido como Escola Superior de Folclore, que tinha como objetivo a formação de professores do Ensino Básico.
O ITF, dentro da Divisão de Cultura, da Secretaria de Educação, funcionou até aproximadamente 1969, quando, no último ano do Governo de Euclides Triches, foi criada, pelo Decreto n.º 23.613, de 27 de dezembro de 1974, a Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore.
Lá passaram nomes como Antonio Augusto Fagundes, Paixão Cortes, Glaucus Saraiva, Carlos Galvão Krebs, Hélio Moro Mariante, Lilian Argentina Braga Marques, Sonia Siqueira Campos, Rose Marie dos Reis, Paula Simon Ribeiro, José Edson Gobbi Otto, ivo Benfatto, Manoelito Savaris, José Roberto Diniz de Moraes, Tarcisio Taborda, Luiz Celso Gomes Hyarup e Edison Acri, entre outros...
E os cadernos Gaúchos?
História do tradicionalismo sul-rio-grandense, caderno nº 1 - de Helio Moro Mariante (1976);
Indumentária Gaúcha, caderno nº 2 - de Antonio Augusto Fagundes (1977);
Pandorgueando, caderno nº 3 - Também de Helio Moro Mariante (1977);
Panorama bibliográfico do regionalismo - Caderno nº 04 - Pedro Leite Villas-Boas (1978);
O RS - 1904 - Visto por dentro - Caderno nº 5 - Comentários e notas de Lothar Hessel (1978);
Música Folclórica, tradicional e popular - Caderno nº 6 - Equipe Tecnica do IGTF (1980);
Carreira de Bois - Caderno nº 7 - Equipe Tecnica do IGTF (1981);
Danças Tradicionais - Caderno nº 9 - Equipe Tecnica do IGTF (1994)
Na gestão de Manoelito Savaris voltou-se a produzir material de pesquisa, com os livros dos Festejos Farroupilhas de 2008 e 2009 ( Nossos Símbolos, Nosso Orgulho e os Farroupilhas e suas façanhas).
Eu me preparei para um dia trabalhar na área da cultura, o IGTF era um dos lugares que pensei em passar, mas, infelizmente, teremos de mudar os rumos do planejamento. O ITF poderia voltar a existir, como uma divisão, lá do inicio dos anos 50, mas com técnicos, como da Comissão Gaúcha de Folclore, MTG, Estancia da Poesia Crioula, Instituto Escola do Chimarrão, e lincar com o turismo no RS, criando a cadeia produtiva da cultura gaúcha.
Há bastante tempo viemos trabalhando para que o Rio Grande do Sul e os gaúchos, percebam a potencialidade econômica que envolve o nosso tradicionalismo. A Bahia já fez a sua lição de casa: sabe utilizar de forma eficiente a sua música e a sua cultura na economia. Por que nós, gaúchos, com este folclore riquíssimo e uma tradição campeira pujante, não fizemos o mesmo?
São tantas as questões para o debate, ressaltando que, por exemplo, a produção de erva-mate (será que o consumo atingiria os números atuais não fosse o apelo tradicionalista?); e, os festivais de musica que cantam e encantam o nosso Rio Grande (oportunizando o surgimento de grandes poetas e compositores) e os rodeios não movimentam nossa economia???
Acho que teremos muitos debates em 2017. Acredito que a Comissão Gaúcha de Folclore que está chegando aos seus 70 anos, deva tomar seu lugar no protagonismo dessa história.
Fonte: blog do Rogério Bastos
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