Idealistas, revolucionários e fazedores de história O tema anual da Maior Festa Popular do Rio Grande do Sul: “Farroupilhas: idealist...
Idealistas, revolucionários e fazedores de história
O tema anual da Maior Festa Popular do Rio Grande do Sul: “Farroupilhas: idealistas, revolucionários e fazedores de história” parte do princípio de que “A História de um povo só poderá ser bem interpretada, conhecendo-se a vida e a obra de seus filhos maiores” (Walter Spalding). A ideia é homenagear algumas das figuras centrais da Revolução Farroupilha: Bento Gonçalves da Silva, David Canabarro, Antonio de Souza Netto, Domingos José de Almeida, Giuseppe Garibaldi, José Mariano de Mattos, Afonso Corte Real, José Gomes Vasconcelos Jardim, Onofre Pires, Joaquim Teixeira Nunes, Antônio Vicente da Fontoura e Luiz Alves de Lima e Silva, entre outros.
Existem histórias que precisam ser contadas de heróis quase anônimos que por vezes são esquecidos. É no reconhecimento do trabalho e da trajetória dessas “figuras ocultas” que está o mérito de quem vai viver os festejos farroupilhas deste ano. Tantos méritos são dados a Bento Gonçalves mas, por vezes, deixamos de lado o sábio e experiente Gomes Jardim, além do Ministro da Fazenda e do Interior, Domingos José de Almeida – o grande financiador do 1º jornal dos farroupilhas. Heróis do "Decênio Heróico” ganharão destaque nas narrativas e imagens do jornal O Povo, recriado pela Schin para recontar esses capítulos da nossa história. Vale lembrar o grande Antônio de Souza Netto, irmão de Florisbelo de Souza Netto, pai do revolucionário de 1923, José Mattos Netto, o ‘Zeca Netto’, cujo último filho, do terceiro casamento era o Conselheiro Benemérito do MTG, recentemente falecido, Nei Pires Netto.
Alguns personagens a serem trabalhados:
Antônio de Souza Netto
Antônio Vicente da Fontoura
Afonso José de Almeida Corte Real
Bento Gonçalves Da Silva
David Canabarro
José Gomes Vasconcelos Jardim
Domingos José de Almeida
Giuseppe Maria Garibaldi
Joaquim Teixeira Nunes
Luis Alves de Lima E Silva
Anita Garibaldi
João Antonio da Silveira
O controverso Bento Manoel Ribeiro
Lucas de Oliveira
Onofre Pires
Joaquim Pedro Soares
Maestro Joaquim José de Mendanha
João Manoel de Lima e Silva
José Mariano de Mattos
Pedro Boticário
Tito Livio Zambecari
Luiggi Rossetti
John Griggs (João Grande)
INFORMAÇÕES HISTÓRICAS DE CADA PERSONAGEM
O tema anual da Maior Festa Popular do Rio Grande do Sul: “Farroupilhas: idealistas, revolucionários e fazedores de história” parte do princípio de que “A História de um povo só poderá ser bem interpretada, conhecendo-se a vida e a obra de seus filhos maiores” (Walter Spalding). A ideia é homenagear algumas das figuras centrais da Revolução Farroupilha: Bento Gonçalves da Silva, David Canabarro, Antonio de Souza Netto, Domingos José de Almeida, Giuseppe Garibaldi, José Mariano de Mattos, Afonso Corte Real, José Gomes Vasconcelos Jardim, Onofre Pires, Joaquim Teixeira Nunes, Antônio Vicente da Fontoura e Luiz Alves de Lima e Silva, entre outros.
Existem histórias que precisam ser contadas de heróis quase anônimos que por vezes são esquecidos. É no reconhecimento do trabalho e da trajetória dessas “figuras ocultas” que está o mérito de quem vai viver os festejos farroupilhas deste ano. Tantos méritos são dados a Bento Gonçalves mas, por vezes, deixamos de lado o sábio e experiente Gomes Jardim, além do Ministro da Fazenda e do Interior, Domingos José de Almeida – o grande financiador do 1º jornal dos farroupilhas. Heróis do "Decênio Heróico” ganharão destaque nas narrativas e imagens do jornal O Povo, recriado pela Schin para recontar esses capítulos da nossa história. Vale lembrar o grande Antônio de Souza Netto, irmão de Florisbelo de Souza Netto, pai do revolucionário de 1923, José Mattos Netto, o ‘Zeca Netto’, cujo último filho, do terceiro casamento era o Conselheiro Benemérito do MTG, recentemente falecido, Nei Pires Netto.
Alguns personagens a serem trabalhados:
Antônio de Souza Netto
Antônio Vicente da Fontoura
Afonso José de Almeida Corte Real
Bento Gonçalves Da Silva
David Canabarro
José Gomes Vasconcelos Jardim
Domingos José de Almeida
Giuseppe Maria Garibaldi
Joaquim Teixeira Nunes
Luis Alves de Lima E Silva
Anita Garibaldi
João Antonio da Silveira
O controverso Bento Manoel Ribeiro
Lucas de Oliveira
Onofre Pires
Joaquim Pedro Soares
Maestro Joaquim José de Mendanha
João Manoel de Lima e Silva
José Mariano de Mattos
Pedro Boticário
Tito Livio Zambecari
Luiggi Rossetti
John Griggs (João Grande)
INFORMAÇÕES HISTÓRICAS DE CADA PERSONAGEM
ANTONIO DE SOUZA NETTO
Nascido em Povo Novo, distrito de Rio Grande.
Depois dos estudos em Pelotas, se mudou para Bagé onde iniciou a vida de tropeiro percorrendo o Rio Grande e o Uruguai. Como a maioria dos sul-rio-grandenses amantes da pátria, Netto se apresentou e foi soldado na força de segunda linha. Aos 28 anos era capitão e aos 35 coronel de legião, em Bagé.
Quando teve início o movimento farroupilha, o Coronel Netto – comandante da Guarda Nacional em Bagé – organizou um corpo de cavalaria pronto para a luta em defesa dos direitos e liberdades do Rio Grande.
Um ano depois de iniciado o movimento farrapo, a 10 de setembro de 1836, travou importante combate nos Campos do Seival, contra o caramuru General João da silva Tavares. Neto venceu sua primeira e histórica batalha. No dia seguinte sob o pretexto de “livrar o povo rio-grandense a não sofrer por mais tempo a prepotência de um governo tirano, arbitrário e cruel como o atual”, reuniu seus oficiais e proclamou a República Rio-grandense.
Foi na condição de general farroupilha que Netto participou dos momentos mais importantes da Revolução Farroupilha. Republicano e democrata, concordou com a assinatura da paz, em Ponche Verde, mas se recusou a continuar vivendo sob o mande monárquico. Retirou-se para Corrientes, na República Argentina, e mais tarde se fixou nas proximidades de Paissandu, no Uruguai, onde reconstruiu sua vida de estancieiro.
O corpo de Netto foi exumado, no ano do centenário de sua morte, e trasladado para o cemitério de Bagé, em cuja lápide se lê: “Aqui descansam os restos mortais do Brigadeiro Antônio de Souza Neto, falecido na cidade de Corrientes em 1º de julho de 1866”.
Nascido em Povo Novo, distrito de Rio Grande.
Depois dos estudos em Pelotas, se mudou para Bagé onde iniciou a vida de tropeiro percorrendo o Rio Grande e o Uruguai. Como a maioria dos sul-rio-grandenses amantes da pátria, Netto se apresentou e foi soldado na força de segunda linha. Aos 28 anos era capitão e aos 35 coronel de legião, em Bagé.
Quando teve início o movimento farroupilha, o Coronel Netto – comandante da Guarda Nacional em Bagé – organizou um corpo de cavalaria pronto para a luta em defesa dos direitos e liberdades do Rio Grande.
Um ano depois de iniciado o movimento farrapo, a 10 de setembro de 1836, travou importante combate nos Campos do Seival, contra o caramuru General João da silva Tavares. Neto venceu sua primeira e histórica batalha. No dia seguinte sob o pretexto de “livrar o povo rio-grandense a não sofrer por mais tempo a prepotência de um governo tirano, arbitrário e cruel como o atual”, reuniu seus oficiais e proclamou a República Rio-grandense.
Foi na condição de general farroupilha que Netto participou dos momentos mais importantes da Revolução Farroupilha. Republicano e democrata, concordou com a assinatura da paz, em Ponche Verde, mas se recusou a continuar vivendo sob o mande monárquico. Retirou-se para Corrientes, na República Argentina, e mais tarde se fixou nas proximidades de Paissandu, no Uruguai, onde reconstruiu sua vida de estancieiro.
O corpo de Netto foi exumado, no ano do centenário de sua morte, e trasladado para o cemitério de Bagé, em cuja lápide se lê: “Aqui descansam os restos mortais do Brigadeiro Antônio de Souza Neto, falecido na cidade de Corrientes em 1º de julho de 1866”.
ANTÔNIO VICENTE DA FONTOURA
Nascido em Rio Pardo em 8 de junho de 1807, quando completou os estudos iniciais, transferiu-se para Cachoeira do Sul, onde empregou-se como caixeiro. Em Cachoeira foi vereador, identificado com a linha liberal e progressista que dominaria o pensamento da maioria dos lideres farrapos.
Foi nomeado capitão da Guarda Nacional, recém criada em Cachoeira e logo depois promovido ao posto de Major. Sua participação nas reuniões que precederam a invasão de Porto Alegre, em 20 de setembro de 1835, era constante e, com a proclamação da República Rio-Grandense, em 11 de setembro de 1836, aceitou o desafio de integrar o governo revolucionário. Durante o Decênio Farroupilha foi Ministro da Fazenda da República e deputado constituinte na Assembleia Geral reunida em Alegrete.
David Canabarro assumiu o comando supremo da Revolução, com o afastamento de Bento Gonçalves, e nomeou Vicente da Fontoura embaixador farroupilha nas negociações de paz junto à Corte, no Rio de Janeiro. Foi graças à ação de Vicente da Fontoura que o governo imperial concedeu “carta branca” ao Barão de Caxias nas negociações que resultaram na assinatura da PAZ de Ponche Verde, em 28 de fevereiro de 1845.
Vicente da Fontoura foi também poeta e deixou um diário com cartas que escrevia à esposa e relatava os episódios da Revolução Farroupilha. Com Dona Clarinda teve 14 filhos, dos quais 12 chegaram a vida adulta e cuja descendência se espalhou pelo Rio Grande do Sul.
Nascido em Rio Pardo em 8 de junho de 1807, quando completou os estudos iniciais, transferiu-se para Cachoeira do Sul, onde empregou-se como caixeiro. Em Cachoeira foi vereador, identificado com a linha liberal e progressista que dominaria o pensamento da maioria dos lideres farrapos.
Foi nomeado capitão da Guarda Nacional, recém criada em Cachoeira e logo depois promovido ao posto de Major. Sua participação nas reuniões que precederam a invasão de Porto Alegre, em 20 de setembro de 1835, era constante e, com a proclamação da República Rio-Grandense, em 11 de setembro de 1836, aceitou o desafio de integrar o governo revolucionário. Durante o Decênio Farroupilha foi Ministro da Fazenda da República e deputado constituinte na Assembleia Geral reunida em Alegrete.
David Canabarro assumiu o comando supremo da Revolução, com o afastamento de Bento Gonçalves, e nomeou Vicente da Fontoura embaixador farroupilha nas negociações de paz junto à Corte, no Rio de Janeiro. Foi graças à ação de Vicente da Fontoura que o governo imperial concedeu “carta branca” ao Barão de Caxias nas negociações que resultaram na assinatura da PAZ de Ponche Verde, em 28 de fevereiro de 1845.
Vicente da Fontoura foi também poeta e deixou um diário com cartas que escrevia à esposa e relatava os episódios da Revolução Farroupilha. Com Dona Clarinda teve 14 filhos, dos quais 12 chegaram a vida adulta e cuja descendência se espalhou pelo Rio Grande do Sul.
AFONSO JOSÉ DE ALMEIDA CORTE REAL
Republicano convicto, Corte Real nasceu em 15 de novembro de 1805, na cidade de Rio Pardo. Seguiu a mesma carreira militar de seu pai e, como cadete com 22 anos de idade, participou da Guerra da Cisplatina, entre 1826 e 1827, que resultou na Independência do Uruguai.
Quando eclodiu a Revolução Farroupilha em setembro de 1835, Corte Real a ela aderiu por acreditar nos seus ideais republicanos. Destacou-se como combatente e como líder militar. Como coronel da Guarda Nacional fez intensa perseguição a Bento Manuel Ribeiro quando este, na primeira vez, aderiu às tropas imperiais.
Corte Real também participou, com Bento Gonçalves do combate da Ilha do Fanfa, travado entre os dias 3 e 4 de outubro de 1836, quando foi preso e recolhido, inicialmente para um navio prisão, “presiganga”, atracado na foz do rio Jacuí, no estuário Guaíba e depois enviado para o presídio do Forte de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, de onde fugiu um ano depois de ser preso. Na fuga foi acompanhado pelo farroupilha Onofre Pires. Ambos retornaram ao Rio Grande e voltaram ao exército farrapo.
Afonso Corte Real foi morto no dia 11 de junho de 1840, no auge da Revolução Farroupilha, aos 34 anos de idade, numa ataque realizado por soldados de “Chico Pedro”, na casa da fazenda de Marcos Alves Pereira Salgado, nas margens do Guaíba, na região da Barra do Ribeiro. A Fazenda Barba Negra é hoje propriedade da empresa Celulose Rio-grandense sendo uma área preservada.
Corte Real encontra-se sepultado na catedral da cidade de Viamão.
Republicano convicto, Corte Real nasceu em 15 de novembro de 1805, na cidade de Rio Pardo. Seguiu a mesma carreira militar de seu pai e, como cadete com 22 anos de idade, participou da Guerra da Cisplatina, entre 1826 e 1827, que resultou na Independência do Uruguai.
Quando eclodiu a Revolução Farroupilha em setembro de 1835, Corte Real a ela aderiu por acreditar nos seus ideais republicanos. Destacou-se como combatente e como líder militar. Como coronel da Guarda Nacional fez intensa perseguição a Bento Manuel Ribeiro quando este, na primeira vez, aderiu às tropas imperiais.
Corte Real também participou, com Bento Gonçalves do combate da Ilha do Fanfa, travado entre os dias 3 e 4 de outubro de 1836, quando foi preso e recolhido, inicialmente para um navio prisão, “presiganga”, atracado na foz do rio Jacuí, no estuário Guaíba e depois enviado para o presídio do Forte de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, de onde fugiu um ano depois de ser preso. Na fuga foi acompanhado pelo farroupilha Onofre Pires. Ambos retornaram ao Rio Grande e voltaram ao exército farrapo.
Afonso Corte Real foi morto no dia 11 de junho de 1840, no auge da Revolução Farroupilha, aos 34 anos de idade, numa ataque realizado por soldados de “Chico Pedro”, na casa da fazenda de Marcos Alves Pereira Salgado, nas margens do Guaíba, na região da Barra do Ribeiro. A Fazenda Barba Negra é hoje propriedade da empresa Celulose Rio-grandense sendo uma área preservada.
Corte Real encontra-se sepultado na catedral da cidade de Viamão.
BENTO GONÇALVES DA SILVA
Filho do Alferes Joaquim Gonçalves da Silva e de Perpétua da Costa Meireles, BENTO nasceu na localidade de Triunfo, no dia 23 de setembro de 1788, sendo batizado na igreja Matriz do Senhor Bom Jesus do Triufo no dia 19 de outubro daquele ano.
Desde jovem, Bento Gonçalves da Silva se revelou excelente espadachim e afeito às lides militares. Iniciou a sua carreira militar no ano de 1811 como furriel na Campanha de D. Diogo. No ano seguinte seguiu para Jaguarão, na fronteira com o Uruguai.
Além de militar, Bento Gonçalves era político identificado com os pensamentos liberais e foi eleito deputado para a primeira composição da Assembleia Provincial, criada no ano de 1834, como representante do Partido Liberal.
Em 1835 a Província de São Pedro do Rio Grande do Sul vivia momentos políticos conturbados e Bento Gonçalves se colocava como um dos maiores líderes militares, era o comandante da Guarda Nacional e respondia pela defesa da fronteira do Jaquarão, exercia forte influência no meio político como deputado provincial, além ser um destacado líder da maçonaria. Foi num cenária conturbado que eclodiu a Revolução Farroupilha no dia 20 de setembro daquele ano.
Desde o princípio do movimento revolucionário Bento Gonçalves se colocou como liderança maior. Durante a Revolução Bento foi preso (em 4 de outubro de 1836) no combate da Ilha do Fanfa e mandado para o Forte do Mar, na Bahia, de onde fugiu em setembro de 1837 retornando ao Rio Grande e reassumindo o comando das tropas farroupilhas e exercendo a função de presidente da República Rio-grandense.
No final da Revolução, já com a Assembleia Constituinte instalada na capital Alegrete, Bento se viu envolvido em intrigas internas que levaram ao nefasto duelo com seu primo Onofre Pires que, ferido no combate, faleceu. Bento Gonçalves afastou-se da Revolução entregando o comando supremo a David Canabarro que conduziu as negociações que resultaram na Paz de Ponche Verde, em fevereiro de 1835.
Recolhido a sua estância em Camaquã, empobrecido e adoentado, Bento Gonçalves faleceu no dia 18 de julho de 1847. Os restos mortais de herói farroupilha, depois de terem sido sepultados em Camaquã e Bagé, repousam desde o ano de 1900 na Praça Tamandaré, na cidade de Rio Grande.
Filho do Alferes Joaquim Gonçalves da Silva e de Perpétua da Costa Meireles, BENTO nasceu na localidade de Triunfo, no dia 23 de setembro de 1788, sendo batizado na igreja Matriz do Senhor Bom Jesus do Triufo no dia 19 de outubro daquele ano.
Desde jovem, Bento Gonçalves da Silva se revelou excelente espadachim e afeito às lides militares. Iniciou a sua carreira militar no ano de 1811 como furriel na Campanha de D. Diogo. No ano seguinte seguiu para Jaguarão, na fronteira com o Uruguai.
Além de militar, Bento Gonçalves era político identificado com os pensamentos liberais e foi eleito deputado para a primeira composição da Assembleia Provincial, criada no ano de 1834, como representante do Partido Liberal.
Em 1835 a Província de São Pedro do Rio Grande do Sul vivia momentos políticos conturbados e Bento Gonçalves se colocava como um dos maiores líderes militares, era o comandante da Guarda Nacional e respondia pela defesa da fronteira do Jaquarão, exercia forte influência no meio político como deputado provincial, além ser um destacado líder da maçonaria. Foi num cenária conturbado que eclodiu a Revolução Farroupilha no dia 20 de setembro daquele ano.
Desde o princípio do movimento revolucionário Bento Gonçalves se colocou como liderança maior. Durante a Revolução Bento foi preso (em 4 de outubro de 1836) no combate da Ilha do Fanfa e mandado para o Forte do Mar, na Bahia, de onde fugiu em setembro de 1837 retornando ao Rio Grande e reassumindo o comando das tropas farroupilhas e exercendo a função de presidente da República Rio-grandense.
No final da Revolução, já com a Assembleia Constituinte instalada na capital Alegrete, Bento se viu envolvido em intrigas internas que levaram ao nefasto duelo com seu primo Onofre Pires que, ferido no combate, faleceu. Bento Gonçalves afastou-se da Revolução entregando o comando supremo a David Canabarro que conduziu as negociações que resultaram na Paz de Ponche Verde, em fevereiro de 1835.
Recolhido a sua estância em Camaquã, empobrecido e adoentado, Bento Gonçalves faleceu no dia 18 de julho de 1847. Os restos mortais de herói farroupilha, depois de terem sido sepultados em Camaquã e Bagé, repousam desde o ano de 1900 na Praça Tamandaré, na cidade de Rio Grande.
DAVID CANABARRO
Nascido no município de Taquari (Bom Jesus do Triunfo), em 22 de agosto de 1796, foi em Rio Pardo, em 1814, que o avô do jovem David se encontrou com o Marquês do Alegrete, governador da província, o chamava pela alcunha de “Canabarro”. A partir dessa data, toda a família de Manoel Teodódio Ferreira, avô materno de David José, passou a adotar o cognome Canabarro.
David José Martins iniciou sua vida militar em 1811 ou 1812, durante a Campanha da Cisplatina, alistando-se voluntariamente para substituir o irmão mais velho Silvério que ficou auxiliando o pai na estância. Mais tarde, em 1816, participou das ações de combate a Artigas, em território Uruguaio. Na Guerra da Cisplatina (1825/1828) era tenente e compunha as forças de Bento Gonçalves da Silva.
No início da Revolução Farroupilha, em 1835, Canabarro era tenente integrante das forças revolucionárias a comando de Bento Gonçalves, mas graças a sua astúcia militar e grande dedicação à causa foi elevado ao posto de General do Exército Farroupilha.
Envolveu-se em vários combates durante a Revolução sem que tenha sido vencido no campo de batalha. Da sua condição de comandante militar resta a eterna dúvida e o permanente questionamento sobre o que, como e os porquês do “Combate de Porongos”. Esse episódio ocorrido já no final da Revolução (novembro de 1844) quando as bases da pacificação estavam ajustadas e tudo se encaminha para o final das hostilidades, colocou David Canabarro à mercê de Chico Pedro, que o surpreendeu causando significativas baixas na tropa que incluía um contingente de “Lanceiros Negros”.
Com Giuseppe Garibaldi, Canabarro tomou Laguna no ano de 1839 e fundou a República Catarinense, de curta duração, mas grande significação histórica.
Canabarro, no comando supremo das forças farroupilhas a partir do afastamento de Bento Gonçalves, no ano de 1843, soube entender-se com o Conde de Caxias e estabelecer uma pacificação em que não houve vencedores e vencidos.
Canabarro faleceu na Estância de São Gregório, em Santana do Livramento, no dia 12 de abril de 1867, onde foi enterrado. No ano de 1947 seus restos mortais foram transladados para o Panteão da Santa Casa da Misericórdia em Porto Alegre e, em 13 de setembro de 2008 os restos mortais foram levados de volta a Santana do Livramento onde se encontram em monumento construído em sua homenagem.
Nascido no município de Taquari (Bom Jesus do Triunfo), em 22 de agosto de 1796, foi em Rio Pardo, em 1814, que o avô do jovem David se encontrou com o Marquês do Alegrete, governador da província, o chamava pela alcunha de “Canabarro”. A partir dessa data, toda a família de Manoel Teodódio Ferreira, avô materno de David José, passou a adotar o cognome Canabarro.
David José Martins iniciou sua vida militar em 1811 ou 1812, durante a Campanha da Cisplatina, alistando-se voluntariamente para substituir o irmão mais velho Silvério que ficou auxiliando o pai na estância. Mais tarde, em 1816, participou das ações de combate a Artigas, em território Uruguaio. Na Guerra da Cisplatina (1825/1828) era tenente e compunha as forças de Bento Gonçalves da Silva.
No início da Revolução Farroupilha, em 1835, Canabarro era tenente integrante das forças revolucionárias a comando de Bento Gonçalves, mas graças a sua astúcia militar e grande dedicação à causa foi elevado ao posto de General do Exército Farroupilha.
Envolveu-se em vários combates durante a Revolução sem que tenha sido vencido no campo de batalha. Da sua condição de comandante militar resta a eterna dúvida e o permanente questionamento sobre o que, como e os porquês do “Combate de Porongos”. Esse episódio ocorrido já no final da Revolução (novembro de 1844) quando as bases da pacificação estavam ajustadas e tudo se encaminha para o final das hostilidades, colocou David Canabarro à mercê de Chico Pedro, que o surpreendeu causando significativas baixas na tropa que incluía um contingente de “Lanceiros Negros”.
Com Giuseppe Garibaldi, Canabarro tomou Laguna no ano de 1839 e fundou a República Catarinense, de curta duração, mas grande significação histórica.
Canabarro, no comando supremo das forças farroupilhas a partir do afastamento de Bento Gonçalves, no ano de 1843, soube entender-se com o Conde de Caxias e estabelecer uma pacificação em que não houve vencedores e vencidos.
Canabarro faleceu na Estância de São Gregório, em Santana do Livramento, no dia 12 de abril de 1867, onde foi enterrado. No ano de 1947 seus restos mortais foram transladados para o Panteão da Santa Casa da Misericórdia em Porto Alegre e, em 13 de setembro de 2008 os restos mortais foram levados de volta a Santana do Livramento onde se encontram em monumento construído em sua homenagem.
JOSÉ GOMES DE VASCONCELOS JARDIM
Gomes Jardim, como é mais conhecido, nasceu no município de Triunfo no dia 8 de março de 1773. Como o pai, Gomes Jardim também era militar da Guarda Nacional, mas sua atividade primordial sempre foi a de “fazendeiro”, na propriedade herdada pela esposa em Pedras Brancas. Também era médico-prático e atendia a população realizando inclusive cirurgias e amputações, o “hospital” era a sua própria casa.
A casa de Gomes Jardim foi construída no século XVIII pelo sogro sofrendo alterações através do tempo, mas permanece hoje com elementos da sua construção original, sendo um prédio tombado pelo Instituto Histórico do Rio Grande do Sul.
À frente de um grupo de rebeldes farroupilhas, o Veterano Gomes Jardim (já tinha 61 anos de idade) cruzou o rio Guaíba para se encontrar com Onofre Pires que o aguardava ao sul de Porto Alegre com outros farroupilhas. A tomada de Porto Alegre foi comandada pelos dois líderes, pondo em fuga o presidente da Província.
Proclamada a República Rio-grandense, em 11 de setembro de 1836, por Antônio de Souza Netto, foram realizadas eleições para o exercício da presidência, resultando eleito como Presidente o líder da Revolução Farroupilha, Bento Gonçalves da Silva. Ao longo da Revolução, Gomes Jardim sempre foi ouvido pelos lideres farroupilhas, sendo reconhecido como um homem de grandes conhecimentos e sólidos princípios republicanos.
Foi na sua residência em Pedras Brancas, no ano de 1847, que faleceu seu primo Bento Gonçalves da Silva. Gomes Jardim, por sua vez, faleceu em 7 de abril de 1854, aos 81 anos de idade, no mesmo local.
Em frente à casa da família, em Guaíba, há um cipreste histórico, com aproximadamente 300 anos de existência, cuja origem é desconhecida. No entanto, contam os historiadores que foi à sobra desse cipreste que foram tomadas as primeiras deliberações para o início da Revolução farroupilha. Desde 2004 é chamado de Cipreste Farroupilha e é considerado patrimônio cultural e histórico do Rio Grande do Sul.
Gomes Jardim, como é mais conhecido, nasceu no município de Triunfo no dia 8 de março de 1773. Como o pai, Gomes Jardim também era militar da Guarda Nacional, mas sua atividade primordial sempre foi a de “fazendeiro”, na propriedade herdada pela esposa em Pedras Brancas. Também era médico-prático e atendia a população realizando inclusive cirurgias e amputações, o “hospital” era a sua própria casa.
A casa de Gomes Jardim foi construída no século XVIII pelo sogro sofrendo alterações através do tempo, mas permanece hoje com elementos da sua construção original, sendo um prédio tombado pelo Instituto Histórico do Rio Grande do Sul.
À frente de um grupo de rebeldes farroupilhas, o Veterano Gomes Jardim (já tinha 61 anos de idade) cruzou o rio Guaíba para se encontrar com Onofre Pires que o aguardava ao sul de Porto Alegre com outros farroupilhas. A tomada de Porto Alegre foi comandada pelos dois líderes, pondo em fuga o presidente da Província.
Proclamada a República Rio-grandense, em 11 de setembro de 1836, por Antônio de Souza Netto, foram realizadas eleições para o exercício da presidência, resultando eleito como Presidente o líder da Revolução Farroupilha, Bento Gonçalves da Silva. Ao longo da Revolução, Gomes Jardim sempre foi ouvido pelos lideres farroupilhas, sendo reconhecido como um homem de grandes conhecimentos e sólidos princípios republicanos.
Foi na sua residência em Pedras Brancas, no ano de 1847, que faleceu seu primo Bento Gonçalves da Silva. Gomes Jardim, por sua vez, faleceu em 7 de abril de 1854, aos 81 anos de idade, no mesmo local.
Em frente à casa da família, em Guaíba, há um cipreste histórico, com aproximadamente 300 anos de existência, cuja origem é desconhecida. No entanto, contam os historiadores que foi à sobra desse cipreste que foram tomadas as primeiras deliberações para o início da Revolução farroupilha. Desde 2004 é chamado de Cipreste Farroupilha e é considerado patrimônio cultural e histórico do Rio Grande do Sul.
DOMINGOS JOSÉ DE ALMEIDA
Nascue em Diamantina, Minas Gerais, em 9 de julho de 1797, migrou para o Rio Grande do sul em 1819 com o fim de formar tropas de mulas para repontá-las até a grande feira de animais de Sorocaba, São Paulo, mas acabou se estabelecendo em Pelotas que se constituía no mais importante centro produtor de charque do Brasil.
Abriu um escritório de venda de charque para o Brasil e para o exterior obtendo grande sucesso nesse comércio. Montou sua própria charqueada, às margens do canal de São Gonçalo, e instalou a primeira companhia de navegação interna da Província de São Pedro ligando Pelotas, Rio Grande e Porto Alegre. Além disso, possuía também uma fábrica de sabão, uma olaria e uma fábrica de velas de sebo.
Domingos teve papel importante na decisão que resultou no início da Revolução Farroupilha. Ele era membro da loja maçônica Philadélfia e Liberdade, tendo lavrado a ata da reunião que resultou na decisão de invadir Porto Alegre e depor o Presidente Braga.
Foi da senzala da sua charqueada que saíram muitos combatentes “lanceiros negros” liderados, durante a Revolução, por Teixeira Nunes.
Durante o período revolucionário foi o responsável pela criação da fábrica de arreamento que abasteceu o exército farrapo e foi nomeado Ministro da Fazenda e do Interior na República Rio-grandense. Foi ele que comprou, com recursos próprios, a tipografia com a qual o italiano Luiggi Rosseti imprimiu o destacado jornal “O Povo” durante a Revolução.
Domingos foi o responsável pela organização administrativa da República Rio-grandense, mantendo-a inclusive durante as constantes trocas de localização da sede administrativa, o que originou a expressão “República das Carretas”, em virtude de que a documentação e os materiais de arquivo eram transportados em carretas puxadas por bois, de um lugar a outro, até o destino derradeiro em Alegrete. Foi ele, também quem determinou a elaboração da planta para a nova povoação que viria a ser a cidade de Uruguaiana.
Concluída a Revolução encontrou-se empobrecido e com seus negócios arruinados, mas seu patrimônio. Entre os anos de 1858 e 1961 fez imprimir o jornal “Brado do Sul”, em Pelotas.
No ano de 1885, na comemoração do cinquentenário de início da Revolução Farroupilha, foi homenageado com a construção de um monumento em Pelotas.
Faleceu em 6 de maio de 1871 em Pelotas, aos 73 anos de idade.
Nascue em Diamantina, Minas Gerais, em 9 de julho de 1797, migrou para o Rio Grande do sul em 1819 com o fim de formar tropas de mulas para repontá-las até a grande feira de animais de Sorocaba, São Paulo, mas acabou se estabelecendo em Pelotas que se constituía no mais importante centro produtor de charque do Brasil.
Abriu um escritório de venda de charque para o Brasil e para o exterior obtendo grande sucesso nesse comércio. Montou sua própria charqueada, às margens do canal de São Gonçalo, e instalou a primeira companhia de navegação interna da Província de São Pedro ligando Pelotas, Rio Grande e Porto Alegre. Além disso, possuía também uma fábrica de sabão, uma olaria e uma fábrica de velas de sebo.
Domingos teve papel importante na decisão que resultou no início da Revolução Farroupilha. Ele era membro da loja maçônica Philadélfia e Liberdade, tendo lavrado a ata da reunião que resultou na decisão de invadir Porto Alegre e depor o Presidente Braga.
Foi da senzala da sua charqueada que saíram muitos combatentes “lanceiros negros” liderados, durante a Revolução, por Teixeira Nunes.
Durante o período revolucionário foi o responsável pela criação da fábrica de arreamento que abasteceu o exército farrapo e foi nomeado Ministro da Fazenda e do Interior na República Rio-grandense. Foi ele que comprou, com recursos próprios, a tipografia com a qual o italiano Luiggi Rosseti imprimiu o destacado jornal “O Povo” durante a Revolução.
Domingos foi o responsável pela organização administrativa da República Rio-grandense, mantendo-a inclusive durante as constantes trocas de localização da sede administrativa, o que originou a expressão “República das Carretas”, em virtude de que a documentação e os materiais de arquivo eram transportados em carretas puxadas por bois, de um lugar a outro, até o destino derradeiro em Alegrete. Foi ele, também quem determinou a elaboração da planta para a nova povoação que viria a ser a cidade de Uruguaiana.
Concluída a Revolução encontrou-se empobrecido e com seus negócios arruinados, mas seu patrimônio. Entre os anos de 1858 e 1961 fez imprimir o jornal “Brado do Sul”, em Pelotas.
No ano de 1885, na comemoração do cinquentenário de início da Revolução Farroupilha, foi homenageado com a construção de um monumento em Pelotas.
Faleceu em 6 de maio de 1871 em Pelotas, aos 73 anos de idade.
GIUSEPPE MARIA GARIBALDI
Giuseppe Garibaldi, nasceu em Nice, na Itália (atualmente Nice pertence à França), em 4 de julho de 1807, é conhecido como “herói de dois mundos”, por ter participado de importantes episódios da história da Europa e da América do Sul.
No ano de 1834 fugiu de Gênova para não ser executado após condenado à morte por “traição à pátria” após fracassado motim, retornando à Itália somente no ano de 1848.
A chegada de Garibaldi no Rio de Janeiro, em 1836, como foragido político, propicia o seu encontro com Luigi Rossetti e o conde Tito Lívio Zambeccari, amigo de Bento Gonçalves da Silva e um dos principais estrategistas farroupilhas. Foi através da ação de Zambeccari que Garibaldi recebeu do Presidente da República Rio-grandense, Bento Gonçalves, a “Carta de Corso” que o autorizava a realizar atos de pirataria e saque a navios.
A bordo do navio “Mazzini”, Garibaldi e sua tripulação realizaram várias ações corsárias na costa sul do Brasil e no rio da Prata, até que em 1837 chegou a Piratini, capital da República Rio-grandense. Foi às margens da Laguna dos Patos que Garibaldi construiu os “lanchões” com os quais patrocinou vários pequenos combates com a marinha do Governo Imperial, até que em junho de 1939 realizou uma das mais destacadas façanhas farroupilhas ao transportar, por terra, usando uma centena de juntas de bois, os dois lançhões “Rio Pardo” e “Seival”, desde o rio Capivari até a foz do rio Tramandaí.
Após naufragar com o lanchão “Rio Pardo” na altura de Torres, Garibaldi segui a cavalo para Laguna onde se juntou a David Canabarro e aos tripulantes do “Seival” participando da tomada daquela localidade e da proclamação da “República Catarinense”, em 29 de julho de 1939.
Foi em Laguna que Garibaldi conheceu Ana Maria de Jesus Ribeiro, mas conhecida por “Anita”, com quem teve cinco filhos no curto período de dez anos. O primeiro filho, Menotti, nasceu em Mostardas, outros três nasceram em Montevidéu, entre 1941 e 1947 e estava grávida do quinto filho quando morreu em agosto de 1849, em território italiano.
Entre os anos de 1841 e 1847 Garibaldi viveu no Uruguai onde integrou a força naval, chegando ao posto de general durante a guerra contra o ditador argentino Juan Manuel Rosas.
De volta à Itália foi decisivo na campanha que resultou na unificação daquele país. No velho continente, Garibaldi é tratado e venerado como herói nacional italiano.
Garibaldi se caracterizou por ter sido um fervoroso republicano, marinheiro por vocação, combatente e corsário, antiescravagista e um patriota.
Faleceu no dia 2 de junho de 1882, em Caprera, uma ilha do Mar Mediterrâneo, onde está enterrado.
Giuseppe Garibaldi, nasceu em Nice, na Itália (atualmente Nice pertence à França), em 4 de julho de 1807, é conhecido como “herói de dois mundos”, por ter participado de importantes episódios da história da Europa e da América do Sul.
No ano de 1834 fugiu de Gênova para não ser executado após condenado à morte por “traição à pátria” após fracassado motim, retornando à Itália somente no ano de 1848.
A chegada de Garibaldi no Rio de Janeiro, em 1836, como foragido político, propicia o seu encontro com Luigi Rossetti e o conde Tito Lívio Zambeccari, amigo de Bento Gonçalves da Silva e um dos principais estrategistas farroupilhas. Foi através da ação de Zambeccari que Garibaldi recebeu do Presidente da República Rio-grandense, Bento Gonçalves, a “Carta de Corso” que o autorizava a realizar atos de pirataria e saque a navios.
A bordo do navio “Mazzini”, Garibaldi e sua tripulação realizaram várias ações corsárias na costa sul do Brasil e no rio da Prata, até que em 1837 chegou a Piratini, capital da República Rio-grandense. Foi às margens da Laguna dos Patos que Garibaldi construiu os “lanchões” com os quais patrocinou vários pequenos combates com a marinha do Governo Imperial, até que em junho de 1939 realizou uma das mais destacadas façanhas farroupilhas ao transportar, por terra, usando uma centena de juntas de bois, os dois lançhões “Rio Pardo” e “Seival”, desde o rio Capivari até a foz do rio Tramandaí.
Após naufragar com o lanchão “Rio Pardo” na altura de Torres, Garibaldi segui a cavalo para Laguna onde se juntou a David Canabarro e aos tripulantes do “Seival” participando da tomada daquela localidade e da proclamação da “República Catarinense”, em 29 de julho de 1939.
Foi em Laguna que Garibaldi conheceu Ana Maria de Jesus Ribeiro, mas conhecida por “Anita”, com quem teve cinco filhos no curto período de dez anos. O primeiro filho, Menotti, nasceu em Mostardas, outros três nasceram em Montevidéu, entre 1941 e 1947 e estava grávida do quinto filho quando morreu em agosto de 1849, em território italiano.
Entre os anos de 1841 e 1847 Garibaldi viveu no Uruguai onde integrou a força naval, chegando ao posto de general durante a guerra contra o ditador argentino Juan Manuel Rosas.
De volta à Itália foi decisivo na campanha que resultou na unificação daquele país. No velho continente, Garibaldi é tratado e venerado como herói nacional italiano.
Garibaldi se caracterizou por ter sido um fervoroso republicano, marinheiro por vocação, combatente e corsário, antiescravagista e um patriota.
Faleceu no dia 2 de junho de 1882, em Caprera, uma ilha do Mar Mediterrâneo, onde está enterrado.
TEIXEIRA NUNES
Joaquim Teixeira Nunes nasceu em Canguçú em 1802. Jovem ainda alistou-se na Guarda Nacional e participou da Guerra da Cisplatina (1825-28). Republicano convicto integrou desde logo as hostes farrapas envolvidas numa revolução que se estendeu por dez anos a partir de 1835.
Em novembro de 1836 era major do Corpo de Lanceiros Negros sob o comendo do Tenente Coronel Joaquim Pedro Soares. E, no dia seis daquele mês, realizou-se na primeira capital farroupilha a apresentação da “Bandeira da República Rio-grandense” conduzida pelo Major Teixeira Nunes.
Participou com destaque do combate de Rio Pardo, em 1838, e da expedição a Laguna, em 1839, na liderança de celebre 1º Corpo de Lanceiros Negros, constituído de escravos libertos. Foi no comando do destacado Corpo de Lanceiros Negros que Teixeira Nunes realizou façanhas bélicas, demonstrou toda a sua coragem, praticou com maestria a “guerra à gaúcha” onde se caracterizavam a mobilidade e a velocidade de deslocamentos com ataques de surpresa contra as forças inimigas.
Foi o maior de todos os defensores da libertação dos escravos negros. Em combate colocava-se sempre à frente da sua tropa, servindo de exemplo de valentia e destreza no manejo da lança e da espada.
Seu maior feito estratégico foi derrotar, em Santa Vitória (atual município de Bom Jesus) a Divisão Paulista, enviada de São Paulo para lutar contra a Revolução. O episódio foi registrado em 1839 quando parte das tropas que haviam invadido Laguna, retornavam ao Rio Grande, pelo difícil caminho da Serra. Integravam essa pequena tropa Giuseppe Garibaldi, Luigi Rosseti e Anita Garibaldi.
O coronel Teixeira Nunes morreu em combate, em 26 de novembro de 1844, quando sua pequena tropa tentou a última reação armada contra o Exército Imperial. Depois de ter o cavalo ferido, o valente farrapo ainda lutou a pé, sendo ferido de morte por soldado da tropa do Cel Chico Pedro, o “Moringue”.
Fonte: portal da Semana Farroupilha
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