A tradição gaúcha é daquelas fortes e enraizadas, capaz de ultrapassar limites, divisas e fronteiras. Não é a toa que o 'Dia do Ga...
A
tradição gaúcha é daquelas fortes e enraizadas, capaz de ultrapassar
limites, divisas e fronteiras. Não é a toa que o 'Dia do Gaúcho',
comemorado nesta quarta-feira (20), costuma ser bem movimentado pelos
lados de cá - desde o último dia 13, uma programação especial chamada
'Semana Farroupilha' é proporcionada nos CTG (Centro de Tradições
Gaúchas) de Campo Grande, com o objetivo de manter forte a relação
entre gaúchos deslocados e suas raízes.
Todavia, não é por isso que passar a principal data de celebração da cultura gaúcha longe do Rio Grande do Sul é menos dolorido. O clima de saudade inevitavelmente emerge quando vem à mente que neste momento as ruas das cidades gaúchas estão cheias de gente, devido ao feriado que celebra a 'Revolução Farroupilha'. Em 1835, o conflito de caráter separatista colocou gaúchos e o Império em lados opostos, e influenciou a proclamação da República, ou seja, o Brasil aos moldes atuais.
Os CTG têm papel fundamental não só para manter a tradição viva, mas também na hora de segurar a saudade. Isso porque durante a Semana Farroupilha, os costumes, a música, danças e, principalmente, a gastronomia gaúcha são celebradas com bem mais intensidade. Mas, o respeito à terra que acolhe também é cultivado, conforme aponta Mario Marcio Ignacio Cavanha, o 'patrão' do CTG Tropeiros da Querência.
"Nós temos sempre que cultivar aquilo que nossos pais nos ensinaram, os costumes que terra de origem nos proporcionou. Mas também temos grande respeito pela cultura local, tanto é que para a abertura da Semana Farroupilha nós fizemos homenagem a Mato Grosso do Sul", destaca Marcio. "Temos essa relação de pertencimento com a casa que nos acolhe, então também tratamos a cultura sul-mato-grossense com respeito", completa.
Chimarrão vence o tereré?
Desde os anos 70 Mato Grosso do Sul concentra uma das mais fortes colônias gaúchas brasileiras, compostas por migrantes e seus descendentes, que se instalaram por aqui em busca das terras baratas e das promessas de crescimento do Estado, conforme conta a história. Assim, no dia mais importante da cultura gaúcha, que mora em Campo Grande também celebra, claro.
Mas, manter as tradições tal qual se faz no Rio Grande do Sul é uma queda de braço, já que o geladinho do tereré parece bem mais atraente que a quentura do chimarrão - ainda mais com as temperaturas de deserto que tem feito no inveno sul-mato-grossense.
"Infelizmente não é feriado, mas temos a programação dos CTG e também a memória, né? Eu vim pra cá pequeno, mas meus pais sempre me conectaram à cultura gaúcha e sempre que vou para o Rio Grande do Sul me sinto em casa. Mantenho muitos hábitos, como o gosto por churrasco e o hábito do chimarrão", conta o estudante Eduardo Morais, 24 anos. "Mesmo no calor tô tomando. Na pior das hipóteses ligo o ar condicionado", brinca o estudante.
A jornalista Catarine Sturza, que saiu ainda criança do RS para MT e, depois, para MS, também inseriu no dia a dia hábitos gaúchos e faz coro ao time 'chimarrão'. "A gente faz o possível para manter os hábitos e isso fica bem mais difícil numa terra tão quente, onde o chimarrão é trocado pelo tereré. Mas, o verdadeiro gaúcho não troca a cuia pela guampa. Mesmo no calor, arranjamos um jeitinho de tomar um bom chimarrão", aponta.
Ela também conta que em seu local de trabalho, a sala é dividida com outros três gaúchos. "Um de cada cidade. Somos duas gremistas e dois colorados, e todo dia é dia de lembrar da tradição, de falar o 'gauchês', de zoar o colorado, ou a gremista... Nosso grupo do Whats já chama 'Imprensa CTG'", finaliza.
Fonte: portal Midiamax
Todavia, não é por isso que passar a principal data de celebração da cultura gaúcha longe do Rio Grande do Sul é menos dolorido. O clima de saudade inevitavelmente emerge quando vem à mente que neste momento as ruas das cidades gaúchas estão cheias de gente, devido ao feriado que celebra a 'Revolução Farroupilha'. Em 1835, o conflito de caráter separatista colocou gaúchos e o Império em lados opostos, e influenciou a proclamação da República, ou seja, o Brasil aos moldes atuais.
Os CTG têm papel fundamental não só para manter a tradição viva, mas também na hora de segurar a saudade. Isso porque durante a Semana Farroupilha, os costumes, a música, danças e, principalmente, a gastronomia gaúcha são celebradas com bem mais intensidade. Mas, o respeito à terra que acolhe também é cultivado, conforme aponta Mario Marcio Ignacio Cavanha, o 'patrão' do CTG Tropeiros da Querência.
"Nós temos sempre que cultivar aquilo que nossos pais nos ensinaram, os costumes que terra de origem nos proporcionou. Mas também temos grande respeito pela cultura local, tanto é que para a abertura da Semana Farroupilha nós fizemos homenagem a Mato Grosso do Sul", destaca Marcio. "Temos essa relação de pertencimento com a casa que nos acolhe, então também tratamos a cultura sul-mato-grossense com respeito", completa.
Chimarrão vence o tereré?
Desde os anos 70 Mato Grosso do Sul concentra uma das mais fortes colônias gaúchas brasileiras, compostas por migrantes e seus descendentes, que se instalaram por aqui em busca das terras baratas e das promessas de crescimento do Estado, conforme conta a história. Assim, no dia mais importante da cultura gaúcha, que mora em Campo Grande também celebra, claro.
Mas, manter as tradições tal qual se faz no Rio Grande do Sul é uma queda de braço, já que o geladinho do tereré parece bem mais atraente que a quentura do chimarrão - ainda mais com as temperaturas de deserto que tem feito no inveno sul-mato-grossense.
"Infelizmente não é feriado, mas temos a programação dos CTG e também a memória, né? Eu vim pra cá pequeno, mas meus pais sempre me conectaram à cultura gaúcha e sempre que vou para o Rio Grande do Sul me sinto em casa. Mantenho muitos hábitos, como o gosto por churrasco e o hábito do chimarrão", conta o estudante Eduardo Morais, 24 anos. "Mesmo no calor tô tomando. Na pior das hipóteses ligo o ar condicionado", brinca o estudante.
A jornalista Catarine Sturza, que saiu ainda criança do RS para MT e, depois, para MS, também inseriu no dia a dia hábitos gaúchos e faz coro ao time 'chimarrão'. "A gente faz o possível para manter os hábitos e isso fica bem mais difícil numa terra tão quente, onde o chimarrão é trocado pelo tereré. Mas, o verdadeiro gaúcho não troca a cuia pela guampa. Mesmo no calor, arranjamos um jeitinho de tomar um bom chimarrão", aponta.
Ela também conta que em seu local de trabalho, a sala é dividida com outros três gaúchos. "Um de cada cidade. Somos duas gremistas e dois colorados, e todo dia é dia de lembrar da tradição, de falar o 'gauchês', de zoar o colorado, ou a gremista... Nosso grupo do Whats já chama 'Imprensa CTG'", finaliza.
Fonte: portal Midiamax
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