Shana Müller se apresentou no Pulperiando (Foto: Arquivo pessoal) Pulperia é uma palavra que vem da nossa origem hispano-americana. Até...
Shana Müller se apresentou no Pulperiando (Foto: Arquivo pessoal)
Pulperia é uma palavra que vem da nossa origem hispano-americana. Até o início do século XX, eram conhecidos estabelecimentos comerciais, bolichos de campanha, onde se encontrava de tudo.
Acho que ainda hoje a gente encontra lugares assim, naqueles rincões mais longínquos, atendendo muito a população que vive no meio rural. Lembro de ter ido lá em Livramento com o amigo Leonel Gomes em um lugar assim, onde a gente encontra tecido com a mesma facilidade que o arroz para a refeição.
Vem desse significado o projeto Pulperiando, que participei há poucos dias em Curitiba, e que vem ganhando força em outras cidades numa ideia itinerante.
O Douglas, que comanda a ideia, vem do tradicionalismo gaúcho. Aquerenciado no Paraná, a exemplo de outros tantos que se espalham mundo a fora, encontrou uma forma de matar a saudade da sua querência e ainda propagar a cultura gaúcha por outros lugares.
Eu nunca tinha me apresentado em Curitiba e confesso que voltei impressionada com a receptividade do público, que cantou todas as músicas do meu show. Mais até que em muitos lugares daqui onde a gente se apresenta.
O Pulperiando tem cinco anos apenas e já levou nomes como César Oliveira e Rogerio Melo, Luiz Marenco, Mano Lima, Marcelo Oliveira, Joca Martins e por aí vai. Todos os meses, uma programação diferente. Neste ano, começaram montando uma estrutura no Rodeio Internacional da Vacaria, por onde circularam os mais importantes nomes da música feita no Sul do Brasil.
Além da música, é uma forma de difundir a nossa culinária campeira, o artesanato e várias outras atividades, como workshops nas cidades para onde o projeto itinerante visita no RS, SC e PR.
Nesse fim de semana que passou, além de Curitiba, visitamos Itajaí, em Santa Catarina.
Voltei feliz com o retorno do público e com uma certeza: nosso trabalho de formiga no desafio de, através da arte, oferecer cultura ao nosso povo, tem que permanecer.
Gracias ao Douglas e aos amigos paranaenses, que adotaram esse sentimento que nos identifica como povo e nos ajudam a propagar isso mundo afora.
Vida longa ao Pulperiando!
Fonte: espaço Galpão Crioulo, junto ao GShow
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