Porto Alegre tem acesso à cultura acima da média das capitais A capital do Rio Grande do Sul tem acesso cultural acima da média das 1...
Porto Alegre tem acesso à cultura acima da média das capitais
A capital do Rio Grande do Sul tem acesso cultural acima da média das 12 maiores metrópoles brasileiras, de acordo com a pesquisa Cultura nas Capitais, divulgada nacionalmente na terça-feira (24). Porto Alegre tem os melhores índices de ida a cinema (70%) e a saraus (21%) entre as cidades pesquisadas, e o percentual de quem foi a dez atividades culturais supera a média das demais capitais.
A leitura de livros (69%) é a segunda atividade cultural mais praticada na capital gaúcha, atrás apenas da ida a cinema. Shows (52%) e feiras de artesanato (48%) também são algumas das opções culturais mais acessadas na cidade, que se destaca nas festas regionais. Dentre as festas populares, citadas por 39% dos entrevistados, a Semana Farroupilha atrai 25% dos moradores, numa demonstração da força das festas regionais em Porto Alegre. Assim como em todas as outras capitais pesquisadas, as festas juninas lideram o quesito festas populares, com índice de frequência de 55% em Porto Alegre.
A pesquisa também destaca que 39% dos moradores de Porto Alegre foram a pelo menos seis atividades culturais nos 12 meses anteriores à realização do levantamento. Além de Porto Alegre, também fizeram parte do estudo Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e São Paulo.
Desenvolvido pela JLeiva Cultura & Esporte, responsável pela análise dos dados, e pelo Datafolha, a cargo do levantamento de campo e processamento das informações, o estudo abordou 621 moradores de Porto Alegre, entre 14 de junho e 27 de julho de 2017, sobre suas práticas culturais ao longo dos 12 meses anteriores.
Espaços mais frequentados
Outro ponto abordado pelo estudo foram os espaços culturais mais conhecidos e frequentados. O Centro Cultural Usina do Gasômetro, também conhecido como Usina, lidera o quesito – 88% já esteve no local. Os números mostram, ainda, que 71% da população da capital gaúcha já foi à Casa de Cultura Mario Quintana, e 94% já ouviram falar do local. O Auditório Araújo Vianna também já foi visitado por 66% dos moradores, e 91% sabem da existência do espaço.
Reprodução
Livro e plataforma digital interativa
Os dados detalhados e as principais conclusões da pesquisa estão compilados na publicação Cultura nas Capitais: como 33 milhões de brasileiros consomem diversão e arte, lançado nesta terça-feira (24). O livro contém 180 infográficos e análises assinadas por especialistas de 15 temas abrangidos pelo estudo: Tempo livre, Acesso e Prática, Educação, Renda, Gênero, Idade, Religião, Cor da Pele, Cultura e Tecnologia, Música, Artes Visuais, Artes Cênicas, Audiovisual, Políticas Públicas e Cidades.
Todas essas informações estão também disponíveis para acesso público e gratuito nesse site. A plataforma interativa permitirá ainda o cruzamento livre de dados compilados, servindo como importante ferramenta de análise para o usuário.
Cultura nas Capitais é uma realização da JLeiva Cultura & Esporte, do Ministério da Cultura, do Governo Federal e do Governo do Estado de São Paulo, com patrocínios do Instituto CCR e da Braskem e apoio da ProAc ICMS do Estado de São Paulo, da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura e da Fundação Roberto Marinho.
Metodologia
A pesquisa da JLeiva Cultura & Esporte ouviu 10.630 pessoas com idade a partir de 12 anos, entre os dias 14 de junho e 27 de julho de 2017. As pessoas foram abordadas pessoalmente em pontos de fluxo. O questionário, com 55 perguntas, traçou um panorama dos hábitos culturais dos moradores de 12 capitais brasileiras, apontando as atividades mais e menos praticadas.
O estudo procura entender como algumas variáveis demográficas, sociais, econômicas e comportamentais (sexo, idade, escolaridade, renda, estado conjugal, presença de filhos, cor e religião) influenciam a vida cultural da população, aproximando ou afastando os moradores do cinema, do teatro, do circo, de shows de música e de outras atividades culturais. A pesquisa também explora a forma pela qual o brasileiro se relaciona com o audiovisual, as artes cênicas, as artes visuais e a música. Além de perguntas sobre as motivações e barreiras que aproximam e afastam as pessoas de algumas atividades, o estudo também traz questões que avaliam o impacto das novas tecnologias e a forma pela qual a população escolhe as suas atividades culturais.
Para melhor interpretar os resultados, a JLeiva Cultura & Esporte analisou as respostas utilizando um modelo de regressão – equações que estimam as relações entre as variáveis de uma pesquisa. O objetivo foi compreender com mais precisão o impacto de cada característica dos respondentes (como sexo, idade e religião) na frequência às atividades culturais. Com essa metodologia, conseguiu-se uma abordagem inédita sobre acesso à cultura no Brasil.
No conjunto das 12 capitais, a margem de erro da pesquisa é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos. Nos resultados de cada município, a margem varia de 2 a 4 pontos.
Para ver o vídeo, clique aqui.
Fonte: JRS Comunicação
Nenhum comentário