O Centro de Tradições Gaúchas Rincão da Saudade, fundado no dia 08 de dezembro de 1965, encravado na Bahia de São Salvador, e que faz...
O Centro de Tradições Gaúchas Rincão
da Saudade, fundado no dia 08 de dezembro de 1965, encravado na Bahia
de São Salvador, e que faz parte do Centro Gaúcho da Bahia, é um dos
mais atuantes em matérias de atividades sociais ligadas ao
tradicionalismo.
Falando com o grande gaiteiro e amigo Gildinho, dos Monarcas, ele me disse que fica impressionado, cada vez que toca por aqueles lados, com o gauchismo impregnado naquelas pessoas que, muitas vezes, nunca visitaram o Rio Grande do Sul, mas carregam o espírito gaúcho dentro de si.
Vou confessar uma coisa: Mesmo sem conhecer pessoalmente eu sinto um orgulho enorme dentro do peito, dessa gente que ombreia nossa cultura fora das fronteiras do Rio Grande. Não sei se movidos pela saudade (a maioria dos CTGs de fora do Estado tem a palavra Saudade em seu nome) ou porque o tradicionalismo gaúcho busca este ambiente familiar, mas fico fascinado, encantado, com qualquer entidade, por mais humilde que seja, que erga seus alicerces acima do Rio Mampituba.
No texto abaixo, escrito por Glauco Fernando da Silveira, um pouco de como foi a materialização de um sonho de constituir um CTG naquele lindo solo brasileiro.
Com as idéias e o terreno, a gauchada pôde, finalmente, iniciar a materialização do sonho de um grupo: as obras de construção da tão aguardada e ambicionada sede. Todos os fundadores reuniram-se então, para "a capina, o roçar o mato e retirar a capoeira" que existia no lugar.
As mãos, um pouco sem prática é verdade, mas conhecedoras do "mexer com a terra", sofreram. Habituadas com serviços burocráticos e de escritório, estas mãos logo encheram-se de bolhas e calos. Aí talvez os primeiros abalos. As feridas e o enorme cansaço só eram aliviados pelo companheirismo, pelos churrascos e pelas cervejas, servidos aos improvisados peões. O trabalho era muito duro, no machado e na enxada. Muitos tiveram vontade de abandonar a "lida". Mas não o fizeram, talvez, fazendo imperar pela primeira vez o orgulho de gaúcho.
Com esta vontade mais forte, surgia sobre a área inicial de 4.170 metros quadrados, a sede social do Centro Gaúcho da Bahia - o Rincão da Saudade. Haviam passado 5 anos desde a fundação oficial e o ano de 1970 servia para mostrar os primeiros resultados perante a sociedade baiana. O ideal estava sendo cumprido e mantido. Os gaúchos podiam atender e manter com a comunidade local um forte intercâmbio de grande dimensão social e cultural.
Localizada privilegiadamente, no Alto de Pituaçú, a sede do C.G.B. é hoje ponto de referência da colônia gaúcha e dos estados do sul do país e até do Uruguai, Argentina e outras comunidades.
Apesar das dificuldades, principalmente de ordem econômica e financeira, o Centro Gaúcho da Bahia ampliou-se, sofreu algumas alterações e cresceu. Foi organizada a área interna para estacionamento, construída uma quadra poliesportiva, construídos pórticos de entrada e feito o ajardinamento. Na década de 90 outros equipamentos foram instalados; construídas piscinas - adulto e infantil - com toda a área urbanizada. Um grande "galpão crioulo", já ampliado, com churrasqueiras e forno de barro, bar e toaletes, cancha de bocha coberta, um pequeno galpão para abrigar o "fogo-de-chão e rodas de mate". Toda esta infra-estrutura está hoje à disposição, oferecendo lazer e tranqüilidade em local de paisagem de rara beleza com acesso facílimo a apenas 700 metros da orla marítima de Salvador.
A jornada não tem sido fácil. Manter funcionando um calendário de eventos sociais e culturais ativo, com bailes, comemorações, churrascos e cozinha todas as quartas-feiras e domingos, somente é possível pela abnegação voluntária de peões e prendas que conservam os objetivos e aspirações dos idealizadores das já longínquas reuniões de 1942.
Mas além de obras, o Centro Gaúcho da Bahia criou e cresceu a sua comunidade. O grupo de danças folclóricas gaúchas "Os Desgarrados", parte de um ativo Departamento de Tradição e Folclore, é hoje orgulho de associados e gaúchos em geral que o conhecem. É um grupo adulto e infanto-juvenil da melhor qualidade, apto a representar sem qualquer reparo, as tradições, a cultura e o folclore do Rio Grande do Sul em eventos culturais como, aliás, vem fazendo com o maior brilho, tanto em Salvador como no interior do estado da Bahia e demais estados do nordeste.
Precisamos exatamente disto. Sustentar os ideais, caminhar para frente, prover o necessário à subsistência, defender o patrimônio com obras em nossa tão querida sede social e manutenção geral.
A certeza dos que pensaram e criaram o Centro Gaúcho da Bahia, ao materializar o Rincão da Saudade, se mistura com a preocupação. Este misto de orgulho e incerteza de dias vindouros só será transformado em objetivo, para que, contando com o apoio dos que freqüentam ou que devem voltar a freqüentar, mantenhamos a semente plantada por Mário Bestetti.
O Centro Gaúcho da Bahia existe. Agora é só solidificar o futuro!
Fonte: blog do Léo Ribeiro
Falando com o grande gaiteiro e amigo Gildinho, dos Monarcas, ele me disse que fica impressionado, cada vez que toca por aqueles lados, com o gauchismo impregnado naquelas pessoas que, muitas vezes, nunca visitaram o Rio Grande do Sul, mas carregam o espírito gaúcho dentro de si.
Vou confessar uma coisa: Mesmo sem conhecer pessoalmente eu sinto um orgulho enorme dentro do peito, dessa gente que ombreia nossa cultura fora das fronteiras do Rio Grande. Não sei se movidos pela saudade (a maioria dos CTGs de fora do Estado tem a palavra Saudade em seu nome) ou porque o tradicionalismo gaúcho busca este ambiente familiar, mas fico fascinado, encantado, com qualquer entidade, por mais humilde que seja, que erga seus alicerces acima do Rio Mampituba.
No texto abaixo, escrito por Glauco Fernando da Silveira, um pouco de como foi a materialização de um sonho de constituir um CTG naquele lindo solo brasileiro.
Com as idéias e o terreno, a gauchada pôde, finalmente, iniciar a materialização do sonho de um grupo: as obras de construção da tão aguardada e ambicionada sede. Todos os fundadores reuniram-se então, para "a capina, o roçar o mato e retirar a capoeira" que existia no lugar.
As mãos, um pouco sem prática é verdade, mas conhecedoras do "mexer com a terra", sofreram. Habituadas com serviços burocráticos e de escritório, estas mãos logo encheram-se de bolhas e calos. Aí talvez os primeiros abalos. As feridas e o enorme cansaço só eram aliviados pelo companheirismo, pelos churrascos e pelas cervejas, servidos aos improvisados peões. O trabalho era muito duro, no machado e na enxada. Muitos tiveram vontade de abandonar a "lida". Mas não o fizeram, talvez, fazendo imperar pela primeira vez o orgulho de gaúcho.
Com esta vontade mais forte, surgia sobre a área inicial de 4.170 metros quadrados, a sede social do Centro Gaúcho da Bahia - o Rincão da Saudade. Haviam passado 5 anos desde a fundação oficial e o ano de 1970 servia para mostrar os primeiros resultados perante a sociedade baiana. O ideal estava sendo cumprido e mantido. Os gaúchos podiam atender e manter com a comunidade local um forte intercâmbio de grande dimensão social e cultural.
Localizada privilegiadamente, no Alto de Pituaçú, a sede do C.G.B. é hoje ponto de referência da colônia gaúcha e dos estados do sul do país e até do Uruguai, Argentina e outras comunidades.
Apesar das dificuldades, principalmente de ordem econômica e financeira, o Centro Gaúcho da Bahia ampliou-se, sofreu algumas alterações e cresceu. Foi organizada a área interna para estacionamento, construída uma quadra poliesportiva, construídos pórticos de entrada e feito o ajardinamento. Na década de 90 outros equipamentos foram instalados; construídas piscinas - adulto e infantil - com toda a área urbanizada. Um grande "galpão crioulo", já ampliado, com churrasqueiras e forno de barro, bar e toaletes, cancha de bocha coberta, um pequeno galpão para abrigar o "fogo-de-chão e rodas de mate". Toda esta infra-estrutura está hoje à disposição, oferecendo lazer e tranqüilidade em local de paisagem de rara beleza com acesso facílimo a apenas 700 metros da orla marítima de Salvador.
A jornada não tem sido fácil. Manter funcionando um calendário de eventos sociais e culturais ativo, com bailes, comemorações, churrascos e cozinha todas as quartas-feiras e domingos, somente é possível pela abnegação voluntária de peões e prendas que conservam os objetivos e aspirações dos idealizadores das já longínquas reuniões de 1942.
Mas além de obras, o Centro Gaúcho da Bahia criou e cresceu a sua comunidade. O grupo de danças folclóricas gaúchas "Os Desgarrados", parte de um ativo Departamento de Tradição e Folclore, é hoje orgulho de associados e gaúchos em geral que o conhecem. É um grupo adulto e infanto-juvenil da melhor qualidade, apto a representar sem qualquer reparo, as tradições, a cultura e o folclore do Rio Grande do Sul em eventos culturais como, aliás, vem fazendo com o maior brilho, tanto em Salvador como no interior do estado da Bahia e demais estados do nordeste.
Precisamos exatamente disto. Sustentar os ideais, caminhar para frente, prover o necessário à subsistência, defender o patrimônio com obras em nossa tão querida sede social e manutenção geral.
A certeza dos que pensaram e criaram o Centro Gaúcho da Bahia, ao materializar o Rincão da Saudade, se mistura com a preocupação. Este misto de orgulho e incerteza de dias vindouros só será transformado em objetivo, para que, contando com o apoio dos que freqüentam ou que devem voltar a freqüentar, mantenhamos a semente plantada por Mário Bestetti.
O Centro Gaúcho da Bahia existe. Agora é só solidificar o futuro!
Fonte: blog do Léo Ribeiro
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