"Do passado vivido e ainda presente na memória" Recentemente ocorreu o lançamento da obra de cunho cultural, pensada e orga...
"Do passado vivido e ainda presente na memória"
Recentemente ocorreu o lançamento da obra de cunho cultural, pensada e organizada por uma jovem tradicionalista, participante dos concursos culturais realizados pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho. Tanto a Ciranda Cultural de Prendas quanto o Entrevero Cultural de Peões, exige que os participantes realizem pesquisas bibliográficas e de campo, com um tema estabelecido previamente, como forma de resgate dos nossos usos e costumes.
Decorrente dessas pesquisas foram produzidas algumas obras, pela editora Bastos Produções, das quais publicarei algumas, aqui no blog, nos próximos dias.
Paola Zanetti Ribeiro iniciou sua trajetória tradicionalista aos seis anos, participando da invernada artística do CTG Fogo de Chão, na cidade de Pedro Osório. Aos quinze anos, começou a realizar um trabalho voluntário, frente à invernada do CTG Jayme Caetano Braun, do Colégio Estadual Getúlio Vargas, da mesma cidade, como coreógrafa e ensaiadora.
Tornou-se 1ª Prenda do CTG Fogo de Chão 2016/2017, em seguida, 1ª Prenda da 21ª RT 2017/2018, título que o CTG Fogo de Chão não recebia há aproximadamente 40 anos e que trouxe à entidade um novo ânimo para recomeçar o Departamento Cultural. Paola ainda foi homenageada através do Mérito Tradicionalista e Moção de Reconhecimento concedidos pela Câmara dos Vereadores do Município de Pedro Osório, nos anos de 2015 e 2017, respectivamente.
A partir da proposta da 48ª Ciranda Cultural de Prendas para a Mostra Folclórica, fase regional, Paola começou uma busca por informações a respeito do tema: “O uso das vestimentas em diferentes momentos”, e após conversas com pessoas da família e entrevistas com pessoas da comunidade, decidiu focar sua pesquisa na década de 50.
Ao conversar com pessoas da época, que viveram o apogeu do trem em Pedro Osório, encontrou histórias permeadas pela nostalgia dos trens que passavam pelo pequeno vilarejo às margens do rio Piratini, trens estes que iam e vinham trazendo, deixando e levando histórias. Ao entrevistar estas pessoas, a autora destaca que a emoção se entrelaçava às narrativas, em cada caixinha ou álbum de fotografias abertos, relatos de vida iam sendo recordados e narrados. Saudades dos que se foram, da juventude, da infância, das festas, dos risos, dos tempos que passaram. Das idas até a estação ferroviária ao fim das tardes de domingo, onde havia encontros e reencontros. Do passado vivido e ainda presente na memória e que, naquele momento voltava aos olhos e ao mais puro sentimento de saudade!
“Participar desta experiência me fez perceber o quanto é necessário e urgente que resgatemos constantemente a história. Seja ela de uma pessoa, de uma comunidade e seus costumes, de um trem que passava, de um lugar, de uma entidade. Que é preciso recuperar a história e valorizar aqueles que fizeram parte dela.”, destaca a autora.
Nesse ano, Paola lançou o livro “O Trem da 21ªRT: Conhecendo os vagões da nossa história”, contando um pouquinho da história da 21ª Região Tradicionalista. De acordo com a autora, o livro foi idealizado e escrito em parte por ela, mas seus principais autores foram aqueles que, com o passar dos anos, escreveram capítulos de sonho e superação dentro das entidades da 21ªRT.
Atualmente, com apenas 21 anos, Paola é Diretora Cultural do CTG Fogo de Chão, acadêmica de Direito, pela Universidade Federal de Pelotas e é Estagiária de Direito na Prefeitura Municipal de Cerrito.
Os
exemplares podem ser adquiridos com a própria autora, no valor de
R$15,00, pelo telefone (53) 981418455. Vale a pena conferir!
Fonte: blog Confraria de Cultura
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