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Renato Borghetti, nosso fenômeno cultural

Reconhecimento a Borghetti ocorreu em seu disco de estreia, quando vendeu 100 mil cópias André Ávila / Agencia RBS Renato Borghetti é d...

Reconhecimento a Borghetti ocorreu em seu disco de estreia, quando vendeu 100 mil cópias
André Ávila / Agencia RBS


Renato Borghetti é daqueles artistas referência. Seu carisma e música contrariam a máxima que afirma ser burra a unanimidade. Há alguns dias, refletia com amigos sobre o que entendo como fenômeno na cultura regional. Borgettinho é um cara que tem luz, estrela e talento, o que não se encontra todo dia. Lançou um disco instrumental, de bombacha e alpargata na capa, chapéu baixo, gaita nas costas e vendeu 100 mil cópias. Ganhou disco de ouro. Tem noção? Um músico gaúcho, que não canta, só toca; vestido de forma diferente, alcançar essa marca na estreia?

Lá pelas tantas resolveu sonhar com um Estado, um país de gaiteiros, por que não? Encontrou os parceiros e prometeu que dali 50 anos alguém, ao tentar entender o porque de tanta gente tocando esse instrumento aqui no Rio Grande, iria saber que o sonho “desse cabeludo”tinha feito do sul do Brasil a terra da gaita. Criou a fábrica de gaiteiros, que está em 11 municípios e que, além de ensinar os alunos, fabrica gaitas e revitaliza uma cultural fundamental do nosso Estado.

Com tudo isso, segue tocando, inventando projetos ao lado de virtuoses como Yamandu Costa, com quem em setembro e outubro, vai para mais uma turnê internacional. Agora, Borghetti será patrono da Semana Farroupilha. Nada mais justo ao tradicionalismo, afinal, as primeiras puxadas de fole foram dadas no palco do pioneiro, 35 CTG, quem em 2018 completa 70 anos.


Por Shana Müller
Fonte: portal GaúchaZH

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