“Voluntariado” é o tema quinquenal do Movimento Tradicionalista Gaúcho. Desde que ele começou a ser trabalhado, mais tradicionalistas e...
“Voluntariado” é o tema quinquenal do
Movimento Tradicionalista Gaúcho. Desde que ele começou a ser
trabalhado, mais tradicionalistas estão conscientes de que é na
dedicação voluntária, feita com boa vontade e de coração, sem esperar
remuneração em troca, que reside os valores mais essenciais do
tradicionalismo. No entanto, apesar dos resultados já perceptíveis,
ainda há uma carência muito grande. Nesta entrevista, os coordenadores
Luciana Rolim, Fabiano Vencato, Hilda Maria Heinen e Everaldo Dutra
falam sobre como é a realidade do voluntariado em suas regiões.
Sociedade individualista – Segundo Luciana Rolim, coordenadora da 20ª Região Tradicionalista, o desenvolvimento do voluntariado é uma dificuldade e um grande desafio. A principal causa desta realidade, na sua opinião, é o pensamento individualista que norteia a sociedade como um todo e que também se manifesta nos ambientes tradicionalistas. “Poucos são os que pensam no coletivo e considero, estes, a prata da casa”. Na sua opinião, existe um ditado que traduz como deveria ser o pensamento dentro de uma entidade: dar de si antes de pensar em si. A coordenadora acredita que é preciso continuar investindo no voluntariado, fazendo uma reflexão mais profunda sobre fatores motivacionais e verdadeiramente conscientizar que ser voluntário, no tradicionalismo, é um valor. “Não podemos desistir, porque não é uma utopia”, conclui.
Mentalidade já começou a mudar – Segundo Fabiano Vencato, coordenador da 12ª Região Tradicionalista, tem-se feito uma forte campanha sobre a importância do voluntariado, porém a resposta está aquém da necessidade. “Temos uma demanda muito maior que a oferta!”, pondera. Segundo o coordenador, muitas vezes, por não ter mão-de-obra suficiente, as pessoas que desenvolvem as atividades forçam a necessidade de remuneração. Porém, Vencato se mantém otimista. Na sua análise, já começou a dar resultado o conjunto de esforços para que cada vez mais o voluntariado impere no meio tradicionalista. “Aos poucos vamos conseguir atingir esse objetivo”, garante ele, que considera fundamental que o trabalho de conscientização continue. “Precisamos insistir, fazer esse esforço”, garante.
Prioridades – O coordenador da 27ª Região Tradicionalista, Everaldo Dutra, analisa que falta uma consciência de voluntariado para a sociedade como um todo. Naturalmente, existem alguns fatores que dificultam, como por exemplo problemas financeiros ou em alguns casos também a falta de tempo. “A verdade é que o voluntariado não é prioridade para a maioria das pessoas, que só se disponibiliza a fazer algo sem remuneração quando não tem outras atividades em vista”, garante. Segundo ele, para algumas atividades é mais fácil, como por exemplo doação donativos para campanhas sociais. Outras, mais difíceis: quando envolve, por exemplo, necessidade de presença física.
Conversa franca – Para Hilda Maria Heinen, da 26ª Região Tradicionalista, nem sempre é fácil conseguir voluntários. Segundo ela, muitas pessoas se disponibilizam a trabalhar somente se forem remuneradas. A estratégia de muita conversa, com abordagem franca, sobre a importância do voluntariado costuma surtir efeito. Mostrar que todos os cargos dentro das entidades também são voluntários é outro argumento utilizado pela coordenadora. Segundo ela, as equipes são muito comprometidas em eventos, tanto da Região como das entidades. A maior dificuldade reside quando se trata de avaliadores de danças tradicionais. Muitos grupos, garante ela, querem ser avaliados pelos menos avaliadores que trabalham no Enart, muito embora se explique que atualmente não é mais assim que funciona.
Texto e fotos: Sandra Veroneze
Fonte: portal do jornal Eco da Tradição
Sociedade individualista – Segundo Luciana Rolim, coordenadora da 20ª Região Tradicionalista, o desenvolvimento do voluntariado é uma dificuldade e um grande desafio. A principal causa desta realidade, na sua opinião, é o pensamento individualista que norteia a sociedade como um todo e que também se manifesta nos ambientes tradicionalistas. “Poucos são os que pensam no coletivo e considero, estes, a prata da casa”. Na sua opinião, existe um ditado que traduz como deveria ser o pensamento dentro de uma entidade: dar de si antes de pensar em si. A coordenadora acredita que é preciso continuar investindo no voluntariado, fazendo uma reflexão mais profunda sobre fatores motivacionais e verdadeiramente conscientizar que ser voluntário, no tradicionalismo, é um valor. “Não podemos desistir, porque não é uma utopia”, conclui.
Mentalidade já começou a mudar – Segundo Fabiano Vencato, coordenador da 12ª Região Tradicionalista, tem-se feito uma forte campanha sobre a importância do voluntariado, porém a resposta está aquém da necessidade. “Temos uma demanda muito maior que a oferta!”, pondera. Segundo o coordenador, muitas vezes, por não ter mão-de-obra suficiente, as pessoas que desenvolvem as atividades forçam a necessidade de remuneração. Porém, Vencato se mantém otimista. Na sua análise, já começou a dar resultado o conjunto de esforços para que cada vez mais o voluntariado impere no meio tradicionalista. “Aos poucos vamos conseguir atingir esse objetivo”, garante ele, que considera fundamental que o trabalho de conscientização continue. “Precisamos insistir, fazer esse esforço”, garante.
Prioridades – O coordenador da 27ª Região Tradicionalista, Everaldo Dutra, analisa que falta uma consciência de voluntariado para a sociedade como um todo. Naturalmente, existem alguns fatores que dificultam, como por exemplo problemas financeiros ou em alguns casos também a falta de tempo. “A verdade é que o voluntariado não é prioridade para a maioria das pessoas, que só se disponibiliza a fazer algo sem remuneração quando não tem outras atividades em vista”, garante. Segundo ele, para algumas atividades é mais fácil, como por exemplo doação donativos para campanhas sociais. Outras, mais difíceis: quando envolve, por exemplo, necessidade de presença física.
Conversa franca – Para Hilda Maria Heinen, da 26ª Região Tradicionalista, nem sempre é fácil conseguir voluntários. Segundo ela, muitas pessoas se disponibilizam a trabalhar somente se forem remuneradas. A estratégia de muita conversa, com abordagem franca, sobre a importância do voluntariado costuma surtir efeito. Mostrar que todos os cargos dentro das entidades também são voluntários é outro argumento utilizado pela coordenadora. Segundo ela, as equipes são muito comprometidas em eventos, tanto da Região como das entidades. A maior dificuldade reside quando se trata de avaliadores de danças tradicionais. Muitos grupos, garante ela, querem ser avaliados pelos menos avaliadores que trabalham no Enart, muito embora se explique que atualmente não é mais assim que funciona.
Texto e fotos: Sandra Veroneze
Fonte: portal do jornal Eco da Tradição
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