Foto: Jaderson Alves A utilização de animais pintados de rosa numa prova de laço envolvendo mulheres é a nova polêmica em Santana do L...
Foto: Jaderson Alves
A utilização de animais pintados de rosa numa prova de laço envolvendo mulheres é a nova polêmica em Santana do Livramento, na fronteira. A cena inusitada foi vista durante a Campereada Internacional de Santana do Livramento, encerrada ontem.
O registro foi feito pelo fotógrafo Jaderson Alves e mostra uma égua e um boi "tingidos" naquela que seria "uma homenagem das prendas ao laço perfumado", como define o coordenador do rodeio, Sérgio Munhoz. Laço perfumado é como é chamada a modalidade do esporte voltada às mulheres. "O objetivo da iniciativa, organizada por uma médica veterinária, não foi agredir ninguém, pelo contrário", garante Munhoz.
Reproduzidas pela página Repórter Farroupilha do Facebook, as fotos já tem mais de 1,1 mil comentários em 12 horas, a maioria críticos à iniciativa de pintar os animais. "Só o fato de ter mulheres participando destas provas já bastava, mas pintar os animais para reforçar isso é burrice", escreveu Cássia Vieira.
Greice Carlos sugeriu que os arreios fossem pintados de rosa, e não os animais. Já Mirian Brito ponderou que, em vez do tingimento dos bichos, "um lindo laço cor-de-rosa seria um belo gesto". Por sua vez, Evanildo de Castro perguntou: "tradicionalismo não é modismo, por que as pessoas tentam mudar o simples e bonito tradicional"?
O diretor do Sindicato dos Médicos Veterinários do estado (Simvet), João Júnior, diz que apesar da intenção positiva da homenagem, o que precisa ser avaliado é qual produto foi utilizado para pintar esses animais. "Sabemos que existe tingimento específico para cães, onde diminui a possibilidade de reações alérgicas. Se foi utilizada tinta comum, essa não deverá ser uma prática realizada pois pode causar diversas reações aos animais" diz Júnior.
Em nota publicada pelo site Sentinela 24, a médica veterinária Caroline Menezes, que organizou a prova do "laço perfumado", disse que usou corante de bolo para tingir os animais. "Nada demonstra que os animais estão sendo mau tratados, porque um cavalo sabe bem a força que tem e sabe muito bem se defender. Se ela (a égua) estivesse com dor ou com "alergia", como estão falando, o animal estaria se debatendo, tentando se deitar e apresentando alguma reação", o que segundo Caroline, que também é secretária da Agricultura de Livramento, não aconteceu.
Tradicionalmente, Santana do Livramento tem sido território fértil para polêmicas envolvendo a cultura gaúcha. Já teve CTG queimado por sediar casamento gay, críticas por música que analtece a cidadade e proibição de chimarrão em postos de saúde.
Para ver o vídeo da prova e mais informações, clique aqui.
Fonte: Repórter Farroupilha | portal G1
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