Estudo de Márcio Miranda Alves, que mostra como o conteúdo de jornais e revistas ajudou o escritor gaúcho a criar O Tempo e o Vento, s...
Estudo
de Márcio Miranda Alves, que mostra como o conteúdo de jornais e
revistas ajudou o escritor gaúcho a criar O Tempo e o Vento, será
lançado nos dias 17/07, em Porto Alegre, e 19/07, em Caxias do Sul
A trilogia O Tempo e o Vento, obra-prima do escritor gaúcho Erico Veríssimo, narra a história da formação do Rio Grande do Sul a partir da saga da família Cambará. O que poucos sabem é que o romance, publicado entre 1949 e 1962, traz acontecimentos históricos que foram publicados na imprensa e posteriormente incorporados à narrativa ficcional.
Isso é o que revela a obra “Erico Veríssimo e o jornalismo: fontes para a criação literária”, recém-publicado pelo doutor em Letras e professor da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Márcio Miranda Alves. O trabalho de pesquisa poderá ser conhecido durante um bate-papo, seguido de sessão de autógrafos, no dia 17 de julho, às 19h, em Porto Alegre, no Centro Cultural CEEE Erico Veríssimo, e no dia 19 de julho, às 19h, no Zarabana Café Bar, em Caxias do Sul.
Em Porto Alegre, o bate-papo contará com a presença dos professores doutores João Cláudio Arendt e Wagner Coriolano de Abreu, e em Caxias do Sul dos professores doutores João Cláudio Arendt e Alessandra Rech.
Ficção x realidade
Para mostrar essa proximidade entre Erico Verissimo e o jornalismo, Alves identificou registros da imprensa na narrativa ficcional e os comparou com exemplares de jornais e revistas em arquivos no Brasil e na Alemanha. “Essas notícias, reportagens e até mesmo anúncios fazem referência a eventos importantes como a Revolução de 1930, as eleições presidenciais de 1910 e 1945, o assassinato do senador Pinheiro Machado, em 1915, e a passagem do cometa Halley, em 1910, a imigração alemã para o Brasil, entre outros assuntos que foram destaque na imprensa”, aponta o pesquisador.
Dessa forma, a consulta aos registros jornalísticos durante o processo de criação auxiliou o escritor na inserção de acontecimentos marcantes de cada período representado, criando um efeito de veracidade no sentido de que “se deu no jornal, então é verdade”. “Para dar conta da necessidade de referenciais históricos em O tempo e o Vento, Erico Verissimo consultou jornais, revistas e almanaques. Essas informações ajudam a preencher o quadro histórico do romance e têm implicações nos destinos dos personagens e na abordagem dos eventos narrados”, ressalta Alves.
O uso da imprensa enquanto matéria-prima para o preenchimento do quadro histórico sinaliza que ela – na acepção do escritor – não apenas registra os fatos, mas, também, contribui para certos direcionamentos da História e por isso não deve ser desprezada na ficção. Para o leitor, fica o prazer de seguir as pistas da História e do Jornalismo deixadas por Erico Verissimo.
A obra “Erico Verissimo e o jornalismo: fontes para a criação literária” é uma adaptação da tese de doutorado defendida por Márcio Miranda Alves em 2013, no departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada na Universidade de São Paulo (USP).
Sobre Márcio Miranda Alves
Natural de Marau (RS), Márcio Miranda Alves cursou jornalismo na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), entre 1996 e 2001. Trabalhou como repórter por 10 anos para o Grupo RBS nos jornais Pioneiro e Diário Catarinense, em Bento Gonçalves, Criciúma e Florianópolis. Entre 2005 e 2007 cursou mestrado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Na Universidade de São Paulo (USP), entre 2009 e 2013, foi bolsista de doutorado, período em que também foi selecionado para uma bolsa sanduíche na Alemanha (2011-2012). Nos anos de 2014 e 2015 foi bolsista de pós-doutorado na Universidade de Caxias do Sul (UCS). Atualmente é professor de Literatura no curso de pós-graduação em Letras da UCS.
Serviço:
O que: Lançamento do livro “Erico Verissimo e o jornalismo: fontes para a criação literária”
Autor: Márcio Miranda Alves
Quando: Dia 17 de julho, às 19h, em Porto Alegre, no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo
Valor de lançamento: R$ 40,00
Fonte: blog do Rogério Bastos
A trilogia O Tempo e o Vento, obra-prima do escritor gaúcho Erico Veríssimo, narra a história da formação do Rio Grande do Sul a partir da saga da família Cambará. O que poucos sabem é que o romance, publicado entre 1949 e 1962, traz acontecimentos históricos que foram publicados na imprensa e posteriormente incorporados à narrativa ficcional.
Isso é o que revela a obra “Erico Veríssimo e o jornalismo: fontes para a criação literária”, recém-publicado pelo doutor em Letras e professor da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Márcio Miranda Alves. O trabalho de pesquisa poderá ser conhecido durante um bate-papo, seguido de sessão de autógrafos, no dia 17 de julho, às 19h, em Porto Alegre, no Centro Cultural CEEE Erico Veríssimo, e no dia 19 de julho, às 19h, no Zarabana Café Bar, em Caxias do Sul.
Em Porto Alegre, o bate-papo contará com a presença dos professores doutores João Cláudio Arendt e Wagner Coriolano de Abreu, e em Caxias do Sul dos professores doutores João Cláudio Arendt e Alessandra Rech.
Ficção x realidade
Para mostrar essa proximidade entre Erico Verissimo e o jornalismo, Alves identificou registros da imprensa na narrativa ficcional e os comparou com exemplares de jornais e revistas em arquivos no Brasil e na Alemanha. “Essas notícias, reportagens e até mesmo anúncios fazem referência a eventos importantes como a Revolução de 1930, as eleições presidenciais de 1910 e 1945, o assassinato do senador Pinheiro Machado, em 1915, e a passagem do cometa Halley, em 1910, a imigração alemã para o Brasil, entre outros assuntos que foram destaque na imprensa”, aponta o pesquisador.
Dessa forma, a consulta aos registros jornalísticos durante o processo de criação auxiliou o escritor na inserção de acontecimentos marcantes de cada período representado, criando um efeito de veracidade no sentido de que “se deu no jornal, então é verdade”. “Para dar conta da necessidade de referenciais históricos em O tempo e o Vento, Erico Verissimo consultou jornais, revistas e almanaques. Essas informações ajudam a preencher o quadro histórico do romance e têm implicações nos destinos dos personagens e na abordagem dos eventos narrados”, ressalta Alves.
O uso da imprensa enquanto matéria-prima para o preenchimento do quadro histórico sinaliza que ela – na acepção do escritor – não apenas registra os fatos, mas, também, contribui para certos direcionamentos da História e por isso não deve ser desprezada na ficção. Para o leitor, fica o prazer de seguir as pistas da História e do Jornalismo deixadas por Erico Verissimo.
A obra “Erico Verissimo e o jornalismo: fontes para a criação literária” é uma adaptação da tese de doutorado defendida por Márcio Miranda Alves em 2013, no departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada na Universidade de São Paulo (USP).
Sobre Márcio Miranda Alves
Natural de Marau (RS), Márcio Miranda Alves cursou jornalismo na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), entre 1996 e 2001. Trabalhou como repórter por 10 anos para o Grupo RBS nos jornais Pioneiro e Diário Catarinense, em Bento Gonçalves, Criciúma e Florianópolis. Entre 2005 e 2007 cursou mestrado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Na Universidade de São Paulo (USP), entre 2009 e 2013, foi bolsista de doutorado, período em que também foi selecionado para uma bolsa sanduíche na Alemanha (2011-2012). Nos anos de 2014 e 2015 foi bolsista de pós-doutorado na Universidade de Caxias do Sul (UCS). Atualmente é professor de Literatura no curso de pós-graduação em Letras da UCS.
Serviço:
O que: Lançamento do livro “Erico Verissimo e o jornalismo: fontes para a criação literária”
Autor: Márcio Miranda Alves
Quando: Dia 17 de julho, às 19h, em Porto Alegre, no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo
Valor de lançamento: R$ 40,00
Fonte: blog do Rogério Bastos
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